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A política externa do governo Quadros tinha por objetivo manter-se mais próxima dos movimentos de luta anticolonialistas. Jânio procurou também aproximar-se do bloco socialista, mandando, como seu representante João Goulart para estabelecer relações comerciais com os chineses.
Muitos políticos progressistas que criticavam o conservadorismo de Jânio quanto à política interna acabavam apoiando-o na política externa. Com isso Jânio conseguia momentaneamente desviar as atenções da oposição, pois a situação interna tornava-se cada vez mais crítica.
Nessa época, o governo norte-americano tentou invadir Cuba para depor Fidel Castro, líder da Revolução Cubana. Os americanos foram derrotados de Jânio Quadros condenou politicamente a invasão.
Enquanto verbalmente Jânio apoiava os revolucionários cubanos, na prática os embaixadores Roberto Campos e Walter Moreira Salles viajavam para a Europa Ocidental e os Estados Unidos, respectivamente, com o objetivo de tranqüilizar os países capitalistas. E a posição aparentemente ambígua (incerta, hesitante) de Jânio, ficou mais clara quando ele apoiou a política colonialista de Salazar na África, pondo-se contra os movimentos de luta pela independência de Angola e Moçambique.
Mesmo assim, os setores mais tradicionais da UDN aumentaram as críticas a Jânio Quadros quando ele iniciou negociações para o restabelecimento de relações diplomáticas com a União Soviética. A paciência dos mais reacionários se esgotou quando, para sua surpresa geral, Jânio Quadros, no dia 18 de agosto de 1961, condecorou Ernesto "Che" Guevara, o ministro da economia de Cuba, que estava de passagem pelo Brasil.
Toda a grande imprensa e a Cruzada Brasileira Anticomunista iniciaram uma intensa campanha contra Jânio Quadros. No entanto, ninguém gritava mais do que Carlos Lacerda que pedia a cabeça do seu aliado da véspera.
LULU22122:
OBRIGADO
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