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De acordo com o Dicionário Oxford de Arte, Rococó é o termo aplicado no estudo das artes visuais ao estilo artístico e arquitetônico caracterizado pela leveza, graça, alegria e intimidade, que surgiu na França por volta de 1700 e difundiu-se por toda a Europa no século XVIII. Por extensão, o termo designa também o período em que o estilo floresceu – “a era do Rococó”. O vocábulo foi, ao que tudo indica, cunhado em 1796/97, por um dos alunos de Jacques Louis-David (1748–1825), chistosamente combinando rocaille e barocco (barroco) numa referência depreciativa ao gosto prevalecente durante o reinado de Luís XV. O termo, à semelhança de tantos outros rótulos estilísticos, veio à tona com sentido pejorativo e por longo tempo reteve as conotações originais, designando uma arte que era, segunda uma das acepções contidas no Oxfor English Dictionary, “excessiva ou insipidamente florida ou ornada”. A palavra foi empregada como termo formal da História da Arte a partir do século XIX, quando os seguidores alemães de Jacob Burckhardt (1818–1897), tentando estabelecer uma periodicidade rítmica nas diversas fases do desenvolvimento artístico, aplicaram-no ao período último e, portanto, “decadente”, de qualquer fase em particular. Uma sucessão de mudanças no conjunto dos padrões estéticos deu respeitabilidade ao termo, que hoje é empregado pelos historiadores da arte, sobretudo num sentido objetivo, sem qualquer conotação depreciativa, para designar um estilo artístico e decorativo dotado de certa coerência e consistência. Os caracteres mais imediatamente identificáveis do estilo são o interesse pela frágil decoração profusamente colorida, por temas mais triviais que edificantes e por um sentido de poesia pastoral na arte. Fiske Kimball, seu principal historiador (The Creation os the Rococo, 1943), qualificou-o como “uma arte essencialmente francesa em sua graça, alegria e suavidade”. Foi ao mesmo tempo um desenvolvimento e uma reação ao pesado estilo Barroco, do gosto pela complexidade formal, mas à preocupação com a massa veio suceder um delicado jogo de superfícies, e as cores sombrias e pesadas dourações deram lugar a claros rosas, azuis e verdes, destacando-se também, com freqüência, o branco. A elegância e a conveniência, e não mais a grandeza, eram as qualidades exigidas por uma sociedade cansada dos excessos do Palais de Versalles. Os primeiros mestres do novo estilo foram gravadores como Audran (1658–1734) e Bérain (1640–1711), sendo Jean-Antoine Watteau (1684–1721) geralmente visto como o primeiro grande pintor rococó. François Boucher (1703–1770) e Fragonard (1732–1806) são os pintores que representam de modo mais completo o espírito do estilo em seu estado maduro, e Étienne-Maurice Falconet (1716–1791) talvez seja seu escultor quintessencial. Apropriadamente, muitas das obras de Falconet foram reproduzidas em porcelana, pois essa forma de arte é muito mais representativa da época que, por exemplo, a estatuária heróica.
De Paris, o Rococó disseminou-se por meio de artistas franceses trabalhando no estrangeiro ou de publicações de gravuras de composições francesas. Espalhou-se pela Alemanha, Áustria, Rússia, Espanha e Itália setentrional (Tiepolo, Longhi, Guardi). Seu prestígio na Inglaterra não foi tão grande, muito embora uma substancial exposição de arte rococó inglesa tenha sido realizada no Victoria and Albert Museum em 1984. O estilo reflete-se de modo bastante claro na obra de um artista como William Hogarth (1697–1764). Cada país acrescentou ao Rococó uma qualidade nacional, dentro das quais muitas vezes distinguimos diversas variantes locais. Os solos mais férteis para o florescimento do estilo foram a Áustria e a Alemanha, onde se difundiu uma tradição barroca ainda viva. Em igrejas como a de Vierzehnheiligen (1743–1772), de Balthasar Neuman (1687–1753), as qualidades barrocas de variedade espacial e trabalho conjunto são tratadas de maneira impressionantemente leve e exuberante. O Rococó perdurou na Europa central até o final do século, mas na França e em outros países, a maré estilística já vinha se voltando da frivolidade e leveza para as qualidades mais austeras do Neoclassicismo, desde a década de 1760.
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De acordo com o Dicionário Oxford de Arte, Renascimento ou Renascença é o termo aplicado a um movimento intelectual e artístico que se originou na Itália no século XIV, atingindo aí seu apogeu no século XVI, influenciando de vários modos todo o restante da Europa. A metáfora de um “renascimento” remonta ao século XV, quando foi empregada para descrever o reflorescimento da cultura clássica. Foi aplicada também a uma restauração das artes, cuja idéia foi sistematicamente desenvolvida nas famosas Vidas (1550) de Giorgio Vasari (1511–1574). Vasari entendia a História da Arte na Itália, desde Giotto (1267–1337) a Michelangelo (1475–1564), com um contínuo progresso, o qual comparava a um processo de crescimento orgânico
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