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A face colorida da mulher é retratada na arte urbana de duas artistas, grafiteiras e paraibanas. O graffiti de Kalyne Lima e Priscila Lima expressa nos ambientes urbanos de João Pessoa sentimentos e críticas sociais, com o toque feminino. Elas desenvolvem essa arte em um espaço que consideram majoritariamente de homens: segundo as artistas, apenas sete mulheres grafitam na Grande João Pessoa e apenas uma em Campina Grande.
“O graffiti é uma arte transgressora, dessa forma, as mulheres que são representadas e que representam essa expressão estão imprimindo o desejo de empoderamento e protagonismo”, comenta a grafiteira Kalyne Lima.
A pintura das paraibanas é marcada por mensagens de apoio às mulheres e de rejeição à violência, em busca de uma sociedade mais justa e com imagens que tocam na ‘ferida’ do preconceito. O G1 conferiu o processo de criação do graffiti delas em uma garagem. Veja o vídeo.
As duas consideram o movimento do Hip Hop, no qual o graffiti está inserido, como machista. Contudo, Kalyne Lima diz que, mesmo os homens sendo maioria na arte urbana de grafitar os muros, as mulheres estão fazendo suas artes com qualidade técnica igualitária e já atuam em seu dia a dia com liberdade e auto valorização. “Na ação de pintar na rua, nosso espaço nós mesmas garantimos”, contou ela.
A grafiteira Priscila Lima considera que fazer estas imagens serve como uma forma de incentivo para que outras mulheres também possam investir artisticamente, tornando assim o movimento um pouco menos “masculino”