AJUDAAAAAAAAAAAAA
AS bruxas estão soltas
O interesse emergente pela religião tomou formas pouco comuns. O mal e a santidade
continuavam a ser detectados. Em muitas partes da Europa as bruxas se multiplicavam ou
assim se dizia.
Numa época de fervor religioso, a crença na misericórdia e na bondade andava de braços
dados com a crença no poder do mal de arruinar as vidas das pessoas. O mal foi
personificado nas bruxas; quando tragédias aconteciam, cada vez mais eram atribuídas à
conspiração de alguma bruxa; quando uma dificuldade econômica afetava um vilarejo ou
uma família, saía-se à procura da bruxa agressora.
A maioria das acusações de bruxaria surgia das brigas, tensões e adversidades da vida
cotidiana. O encontro de bruxas era como a visão de discos voadores na segunda metade
do século 20. Uma vez que a ideia dominasse uma região, espalhava-se com velocidade.
Na Europa, durante os três séculos entre 1450 e 1750, a maior parte das 100 mil ou mais
bruxas "comprovadas" estava concentrada nas regiões interioranas da França, segundo
diziam, as bruxas eram extremamente ativas. Na Europa, durante um longo período,
aproximadamente uma em três bruxas detectadas vivia na Alemanha.
Esses eram padrões de disseminação da bruxaria. Assim, na Inglaterra e na Hungria, nove
de cada dez bruxos condenados eram mulheres, embora na Islândia e na Estônia a maioria
dos acusados e condenados fossem homens. Das dezenas de milhares de pessoas
sentenciadas a morte por bruxaria na Europa, três de cada quatro eram mulheres; muitas
eram velhas e desfiguradas, mas algumas eram jovens e bonitas, e algumas eram até
crianças. Na Inglaterra, uma típica bruxa seria solteira ou viúva, velha e pobre, quase
sempre brigando com seus vizinhos.
As tensões religiosas aguçaram a caça às bruxas que, geralmente, eram encontradas em
cidades e regiões onde seitas rivais andavam cara a cara. Uma terra com unidade religiosa
tinha muito menos probabilidade de gerar acusações de bruxaria; na Irlanda, na Polônia, no
sul da Itália e várias outras terras e regiões católicas, a prisão de bruxas era rara.
Numa época ultrarreligiosa, quase todos acreditavam no poder da organização do mal.
Presumia-se que o demônio estava à solta no mundo, espalhando mau-olhado e com um
milhão de mãos, escolhendo bruxas como servas pessoais. Acreditava-se, muito mais na
África do que na Europa, que as bruxas causassem enormes danos às vidas humanas.
Essa ênfase no poder do mal, que já não é mais uma crença proeminente na civilização
ocidental, era a essência da cruzada contra a bruxaria e a justificação da crueldade infligida
às bruxas.
A tragédia foi que a civilização ocidental, quando finalmente deixou de acreditar em bruxas,
também começou a deixar de acreditar na imensa capacidade de a humanidade praticar o
mal tanto quanto o bem. Na primeira metade do século 20, milhões de pessoas instruídas e
cultas não se achavam preparadas para a forma cruel com que o mal, através de qualquer
nome respeitável que adotasse,viria a assim devastar a Europa, fazendo com que a era das
bruxas parecesse um mero percalço.
Questões:
1. Como no texto o autor justifica o aumento de procura por bruxas numa época como a que
aconteceu Reforma Protestante?
2. Explique como o autor justifica a caça à bruxas, em períodos de intensa reiligiosidade.
3. Como a inexistência da ciência, na época descrita pelo autor, foi determinante na
execução de pessoas por bruxaria?
4. Explique qual evento está ocorrendo na figura acima?
5. Por que, nessa mesma figura, há várias pessoas, inclusive crianças, aglomeradas?
Anexos:
Respostas
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Resposta:
Oii tudo bem com vcs
Explicação:
pfv não apaga eu queria fala com tigo vc sumiu fala com migo pfv.......
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