A divisão de Cristo
Dividamos o mundo em duas partes iguais:
uma para portugueses, outra para espanhóis:
Vêm quinhentos mil escravos no bojo das naus:
a metade morreu na viagem do oceano.
Dividamos o mundo entre as pátrias.
Vêm quinhentos mil escravos no bojo das guerras:
a metade morreu nos campos de batalha.
Dividamos o mundo entre as máquinas:
Vêm quinhentos mil escravos no bojo das fábricas,
a metade morreu na escuridão, sem ar.
Não dividamos o mundo.
Dividamos Cristo:
todos ressuscitarão iguais.
(JORGE, de Lima. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.335-6)
O poema reflete discussões filosóficas, religiosas, literárias e históricas. O homem, a sociedade e Deus
são manifestados com forte sentimento de fraternidade que liga
A) a religiosidade do eu lírico à sua visão social.
B) o fanatismo do eu lírico à sua visão revolucionária.
C) o misticismo do poeta à revolta do eu lírico ateu.
D) o tempo histórico à sua atitude de histeria.
E) o romantismo estéril ao modernismo crítico.
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E
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