Obra analisa o preconceito do brasileiro
Se o leitor acredita que não é preconceituoso, está desafiado a fazer um teste. Leia o livro “Brasileiro(a) é assim mesmo”, e depois responda se não se enquadra em algumas ou em muitas das situações descritas pelos autores.
A mãe, ansiosa para pegar os filhos na escola, deixa o carro morrer no meio da avenida. Comentário imediato: “Só podia ser mulher”. Como se os homens não cometessem verdadeiras barbaridades no trânsito. O peão de construção civil, assustado com a cidade grande e quase analfabeto, toma o ônibus errado. “Eta baianada!” O garoto negro conserta a moto de um professor e orgulhosamente garante que fez “serviço de branco”. O velhinho demora para subir no degrau alto do ônibus, que ainda por cima não encostou no meio-fio: “Por que não fica em casa?” Como se as pessoas idosas devessem renunciar à vida antes de morrer!
É assim, de olhos atentos e com bem-humorada indignação, que Jaime e Luíza desencavam de nosso quotidiano os preconceitos. Não escapam sequer as armadilhas de linguagem, que levam a afirmar que “nossos negros são mais brancos” ou que “ maltratar é a mesma coisa que “judiar” (como se o povo judeu não tivesse sido vítima de algumas das atrocidades mais chocantes da história). Algumas análises chegam a surpreender, demonstrando que o “crime de sedução” é inconstitucional e que, por trás da falsa proteção legal de conceitos antiquados como os de “mulher virgem”, “mulher honesta” ou “desonra” feminina, se esconde na realidade a negação de direito da mulher a seu corpo e a sua sexualidade.
Não são poupadas sequer as atitudes preconcebidas, a de imaginar que preconceituosos são apenas os outros. Como desvenda Jaime “a nossa religião, a do outro é seita; nós temos fervor religioso, eles são fanáticos; nós acreditamos em Deus (o nosso sempre em maiúsculas), eles são fundamentalistas; nós cometemos excessos compreensíveis, eles são um caso perdido; jogamos muito melhor, o adversário tem é sorte; e, finalmente, não temos preconceito, apenas opinião formada sobre as coisas”.
Assim, quando um preconceituoso afirma que todos os negros são inferiores, todos os portugueses são burros e todos os italianos são grossos é porque, não sendo negro, se acredita superior; não sendo português, se julga inteligente; e não sendo italiano, se imagina fino e generoso.
Mas dos preconceitos brotam as discriminações, inclusive a discriminação econômica, que justifica a pobreza simplesmente porque de ser.
José Serra é economista e Governador de São Paulo (texto adaptado) Vocabulário: fundamentalistas: pessoas que defendem a religião com exagero.
Relacione os preconceitos que os autores denunciam com a justificativa preconceituosa das pessoas: (1) Fervor religioso ( ) Vício (2) Crença em Deus ( ) Caso perdido (3) Religião ( ) Fanatismo (4) Hábitos ( ) Seita (5) Excessos compreensíveis ( ) Fundamentalistas *
Marque a sequência correta.
5- 4- 3- 2- 1
4- 5- 1- 3- 2
1- 2- 3- 4- 5
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ñ sei da resposta certa ñ manda uma foto que é melhor
costasd852:
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