• Matéria: Português
  • Autor: capaloira
  • Perguntado 4 anos atrás

tem levado a pandemia a sério."

Como evitar um inverno tão desastroso quanto o momento atual


O caminho trilhado a partir de agora, diz Mokdad, vai determinar se teremos um inverno com um número gerenciável de casos, ou um colapso semelhante ao que vivemos no momento.
"É porque a quantidade disponível de vacinas para o Brasil no momento não é suficiente para garantir imunidade de rebanho até o inverno. Por isso, todos nós neste campo de trabalho estamos dizendo aos países ricos: 'se vocês têm mais vacinas do que precisam, por favor mandem-nas ao Hemisfério Sul, porque é onde os casos vão aumentar no inverno, enquanto nós, no Hemisfério Norte, entraremos no verão'. Então é no Hemisfério Sul."
O aumento da oferta de vacinas ajudaria a conter a circulação do vírus e a prevenir o surgimento de novas variantes, que, mais potentes, podem prejudicar os esforços de vacinação em todo o planeta.
" É do interesse nacional de países ricos impedir o avanço do vírus no mundo inteiro. Nenhum de nós estará seguro até que todos nós estejamos seguros. E o único jeito de controlar as variantes é controlando as infecções, e para isso precisamos vacinar em áreas onde a infecção tende a aumentar - e no momento é no Hemisfério Sul, em lugares como Brasil, Argentina, Chile e África do Sul."


'O peso econômico do vírus'




Mokdad concorda que manter a mobilidade baixa vem com um custo econômico, sofrido principalmente por quem é impedido de trabalhar pessoalmente.
"É um equilíbrio difícil e delicado entre abrir economicamente e salvar vidas - principalmente (no caso de) populações pobres, que precisam trabalhar para poder comer. Nos preocupa muito que essa balança penda em direção à economia. (Porque) precisaremos planejar para conviver com este vírus por muito tempo", diz o pesquisador.
"Se você disser para alguém em São Paulo 'fique em casa por duas semanas para conter o vírus', você está oferecendo uma cesta de alimentos para ela comer nesse período? É o principal desafio que os países estão enfrentando."
Dito isso, Mokdad opina que os governos "não podem se eximir" da obrigação de promover o fechamento das atividades não essenciais neste momento.
"Alguns países fecharam das 5h da tarde às 5h da manhã e mantiveram os negócios funcionando. As medidas precisam ser mais sérias (do que isso)", diz.


Alta intenção da população de se vacinar é uma das principais armas contra a covid, diz pesquisador
"E a liderança é muito importante. Aqui nos EUA, o presidente (Joe Biden) usa máscara todas as vezes que aparece. O presidente anterior (Donald Trump) nunca usava máscaras. E isso faz muita diferença para as pessoas que votaram nele, para suas bases. É muito importante que a liderança use máscara - uma máscara boa ou duas máscaras, para mostrar que isso faz diferença."

Vacinação e boas máscaras: as armas disponíveis




Um dos fatores que jogam a favor do Brasil, no momento, é o nível alto de aceitação das vacinas, diz Mokdad. Em 20 de março, pesquisa do Datafolha apontou que 84% dos brasileiros tinham intenção de se vacinar.
É mais do que nos EUA, "onde a aceitação fica em torno de 75%", afirma o médico. "O fator que ajuda o Brasil no momento é a vacinação. O que prejudica é a sazonalidade, a mobilidade (alta) e uso de máscaras (insuficiente). E essas questões vão influenciar o tamanho do surto nos próximos meses."
"Vacinem o máximo que puderem, é uma corrida contra o tempo, antes do

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respondido por: evellin2009
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