• Matéria: Sociologia
  • Autor: jocileiaboaes2014
  • Perguntado 4 anos atrás

diga qual o conhecimento da realidade social e da ciencia segundo:Durkheim,weber e m.arx?​

Respostas

respondido por: InsideZ77
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O método consiste em tomar todas as manifestações particulares do fenômeno sob

investigação, compará-las e retirar as características comuns – comuns a todas. No início

da pesquisa parte-se das características aparentes, atingindo-se, sempre pela comparação,

as características menos visíveis, mais profundas.

Tomam-se primeiramente as características aparentes do fenômeno e em seguida

submete-se-as a comparação. Depois se busca as características que sejam comuns a todos os

fenômenos

Dias (2005, p. 185) continua:

Utiliza-se o método comparativo, na busca das semelhanças; pela indução chega-se ao

geral – o geral é o que é comum, o que se repete; produz-se a categoria geral por

generalização. Se, por esse procedimento, constroem-se os conceitos científicos; se, por

esse procedimento, definem-se os “fenômenos em geral”; então, por esse procedimento,

retém-se o essencial, o fundamental.

No ato de comparar as características encontradas no processo, com características de

outros fenômenos, utiliza-se o método comparativo. E pelo método indutivo – do particular para o

geral – as características que são comuns a todos os fenômenos constituem o geral. Para Durkheim

com as generalizações constroem-se os conceitos científicos. Assim se encontra o essencial através

de fenômenos que se repetem. O geral é o comum, a diferença é secundária.

[...] o que diferencia as manifestações particulares é secundário, ou seja, a diferença que a

história introduz é secundária; em suma, a mudança é secundária. A construção das

categorias gerais desqualifica a diferença como fundamental: importa o que, apesar da

diferença, é constante; o que, apesar da mudança, permanece. (DIAS, 2005, p. 186).

A particularidade dos fenômenos é secundária. A autora ainda exemplifica que a

diferença e a mudança que a história traz também são secundárias. Apesar de Durkheim acreditar

na objetividade da ciência, ele dá um papel importante ao investigador:

De fato, apesar de negar o papel ativo do cientista na investigação do real, Durkheim

confere um sentido próprio à comparação: é ele (e não os dados) que afirma que da

comparação se devem retirar os aspectos comuns, que se repetem. Por que o que “salta

aos olhos” não são as diferenças? (DIAS, 2005, p. 185).

É o cientista que tira da comparação os aspectos comuns que se repetem. Durkheim

propunha estudar as sociedades mais simples para buscar os aspectos que deveriam ser

comparados, e não as mais complexas. Dias (1995, p. 187-188) ainda escreve que:

[...] o fundamental é o que permanece; se assim é, então, o que muda é secundário. A

possibilidade de ida para a origem, momento privilegiado para detectar as determinações

mais gerais presentes em sociedades mais complexas, indica que na história o

fundamental não se altera. Reitera-se, pois, o ser secundário da mudança.

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