• Matéria: Filosofia
  • Autor: alexwander78
  • Perguntado 4 anos atrás

Leia o excerto a seguir.



“E sei que qualquer um reconhecerá ser digno de louvor o fato de um príncipe possuir, entre todas as qualidades mencionadas, as consideradas boas; mas a condição humana é tal que não permite a posse total de todas elas, nem mesmo a sua prática consistente; é mister que seja o príncipe prudente a ponto de evitar os defeitos que lhe poderiam tirar o governo e praticar as qualidades que lhe garantam a posse, se possível; se não puder, com menor preocupação deixe que as coisas sigam seu curso natural. E não se importe ele sujeitar-se à fama de ter certos defeitos, sem os quais lhe seria difícil salvar o governo, porque, levando em conta tudo, encontrar-se-ão coisas que parecem virtudes e que se praticadas, conduzi-lo-iam à ruína, e outras que podem se assemelhar a vícios que, observadas, trazem bem-estar e segurança ao governante”.



MAQUIAVEL, N. O Príncipe e Escritos Políticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 100.

No trecho acima, extraído do Capítulo XV, de O Príncipe (Por que os homens, e em especial os príncipes, são louvados ou insultados), Maquiavel trata, diretamente, do comportamento do governante. Considerando o conteúdo estudado no texto-base, sua lição, porém, permite identificar qual contribuição de Maquiavel para o estudo da política?




A ideia de fortuna, uma vez que o governante que possua fortuna sempre poderá adotar as ações virtuosas.


A autonomia da política frente a outras esferas éticas, como a moral, ao apontar que a virtù não diz respeito a vícios ou virtudes.


A submissão da moral, da ética e da religião à política, pois, para Maquiavel, nada acontece fora da política.


A ideia de liberdade, pois esta é a principal atribuição do príncipe virtuoso e que deseja ser louvado e não insultado.


A ideia de virtù, considerando que as ações voltadas para a virtude sempre farão o príncipe respeitado pelos súditos.

Respostas

respondido por: jhonymedeiros42
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Resposta:

A autonomia da política frente a outras esferas éticas, como a moral, ao apontar que a virtù não diz respeito a vícios ou virtudes.

Explicação:

Resposta correta.

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