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Resposta:
Onde pode haver vida
Estabelecida uma conexão entre a evolução química da Via-Láctea e a formação de planetas terrestres
Edição 69
out. 2001
Imagine um mapa da Via-Láctea que localize os nichos mais favoráveis à formação de planetas do tipo terrestre, onde há maior probabilidade de se desenvolverem seres vivos. Esse poderá ser o desdobramento de um estudo da evolução de nossa galáxia feito por Hélio Jaques Rocha-Pinto, do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (IAG-USP). Na pesquisa que acaba de concluir, ele estabeleceu como os elementos químicos se distribuem na Galáxia ao longo do espaço e do tempo.
O estudo teve outros resultados importantes. Um dos mais significativos é a correção do método de calcular a idade das estrelas. Também descobriu um tipo de estrela que pode ter a velocidade de um astro antigo e a atividade de um jovem. E demonstrou que, ao contrário do que se pensava, a taxa de formação de estrelas não é constante, mas varia periodicamente. Todas as conclusões foram desenvolvidas nas fases de doutoramento e pós-doutoramento do astrônomo, recentemente convidado pela Universidade da Virgínia, Estados Unidos, para uma temporada de dois anos como pesquisador associado, a partir de novembro.
O estudo mais fascinante é o que envolve os pressupostos para a vida extraterrestre em planetas da Via-Láctea – galáxia espiral cujo disco visível, com cerca de 400 bilhões de estrelas, é tão grande que a luz leva 100 mil anos para atravessá-lo de ponta a ponta. A hipótese de que planetas da idade da Terra possam abrigar vida parte de uma analogia: o tempo necessário para a vida se desenvolver em nosso planeta. Como se calcula que a vida aqui surgiu há 3,8 bilhões de anos, de moléculas orgânicas em estágio protobiótico, noutros planetas da mesma idade também se teria desenvolvido num período de tempo similar. “Indícios de vida em rochas muito antigas levam a crer que a vida se desenvolve tão logo existam as condições necessárias”, diz Rocha-Pinto.
“Investigando a composição química da Galáxia”, ele relata, “constatamos que planetas de tipo terrestre eventualmente existentes teriam uma idade média de 4,9 bilhões de anos, aproximadamente a mesma que a Terra”. Essa datação de planetas do tipo terrestre – ou seja, rochosos, como Terra e Marte, em contraposição aos gasosos como Júpiter e Saturno – também sugere que, se houver outras civilizações na Via-Láctea, devem ter um nível tecnológico comparável ao nosso. Civilizações superevoluídas, como as que povoam livros e filmes de ficção científica, dificilmente seriam encontráveis na Galáxia, pois não teria havido tempo suficiente. “Nessa escala de tempo de 4,9 bilhões de anos”, observa o astrônomo, “é provável que o desenvolvimento de uma eventual civilização extraterrestre seja semelhante ao da Terra”.
Explicação:
Quem visita o Deserto do Atacama, no norte do Chile, tem a impressão que nada poderia sobreviver nesse ambiente de rochas e areia. Trata-se do lugar mais seco e um dos mais inóspitos do planeta. Algumas regiões podem ficar até 50 anos sem receber uma gota de chuva. (RESUMO)
Resposta:
Biosfera
Explicação:
Espero ter ajudado!!!