• Matéria: História
  • Autor: glen1243
  • Perguntado 4 anos atrás

. Qual era a visão da sociedade da época em relação às mulheres na revolução científica??

Me ajudem até 9:30 por favor !!

Respostas

respondido por: willermarques50
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Resposta:

No ultimo dia 11 de fevereiro comemoramos, pelo quarto ano consecutivo, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, efeméride adotada oficialmente na Assembleia Geral da ONU de 22/12/2015 através da Resolução A/RES/70/212, em reconhecimento ao trabalho da Unesco e ONU Mulheres e, principalmente, em razão da importância dos temas ciência e equidade de gênero para implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Desde o século V, início da Idade Média ou Idade das Trevas, até praticamente o século passado, as mulheres foram sistematicamente excluídas do mundo do conhecimento e da produção científica ocidental. Certo é que, nem sempre foi assim. Nas civilizações antigas, as mulheres participavam ativamente na medicina. Na Grécia antiga, a filosofia natural era aberta às mulheres. Nos séculos I e II, as mulheres eram ativas cientificamente, notadamente na protociência da alquimia. Com a ascensão do cristianismo e a queda do Império Romano, a vida das mulheres cientistas tornou-se muito difícil, como foi o caso de Hipátia de Alexandria (370-415), a primeira mulher matemática da história, inventora do hidrômetro e do astrolábio, assassinada por cristãos fanáticos em 415 dC. Diz-se que sua morte marcou o fim da participação ativa das mulheres na ciência por séculos. Idade Média (sec. V-XV), apenas às freiras, nos conventos, era permitido o estudo. Em que pese as Universidades tenham sido criadas no século XI, nessa época as mulheres estavam excluídas da vida acadêmica, com raríssimas exceções, a exemplo da Universidade italiana de Bolonha, que permitiu às mulheres que assistissem palestras desde seu início, em 1088. As Universidades italianas eram as mais acessíveis às mulheres. A médica Trotula di Ruggiero (1050-1097), pioneira da ginecologia e obstetrícia, estudou na Universidade de Salerno, a primeira universidade de medicina da Europa Medieval, onde estudaram muitas mulheres da nobreza italiana, as “senhoras de Salerno”.

Mas essas exceções pontuais não apagaram as dificuldades e o preconceito cultural contra a educação e a participação das mulheres na ciência durante a Idade Média, tendo escrito São Tomás de Aquino, sobre a mulher: “Ela é mentalmente incapaz de desenvolver uma posição de autoridade”.

A resistência de grandes nomes da intelectualidade feminina medieval e o crescente número e poder das freiras – como Hildegard de Bingen (1098 – 1179), que antecipou ideias gravitacionais séculos antes de Newton, e Hroswitha de Gandershein (935 – 1000), que encorajava as mulheres a serem intelectuais – provocaram a reação do alto clero patriarcal, e ainda no século XI, enquanto universidades eram abertas só para homens, muitas ordens religiosas fecharam as portas para as mulheres, excluindo-as da oportunidade de aprender a ler e escrever.

A Revolução Científica (séc. XVI e XVII) pouco fez para mudar a ideia vigente de que mulheres e homens não tinham igual capacidade para contribuir com a ciência. Segundo Jackson Spielvogel, no capítulo 16 de sua renomada obra Uma Breve História da Civilização Ocidental: “os cientistas do sexo masculino usaram a nova ciência para propagar a visão de que as mulheres eram por natureza inferiores e subordinadas aos homens e adequadas a desempenhar um papel doméstico como mães”

Ainda na Alemanha do entresséculos XVII-XVIII, pequeno percentual dos astrônomos eram mulheres, uma das quais Maria Winkelmann, que a despeito de ter recebido ensinamentos do pai, tio, parentes e do marido, de quem foi assistente do Observatório Astronômico de Berlim – e, onde, inclusive, descobriu um cometa -, não foi admitida, após a morte do marido, à vaga de assistente da academia de Berlim, para a qual tinha ampla experiência, pois, segundo os membros da academia, a contratação de uma mulher daria “um mau exemplo” e pessoas ficariam boquiabertas.

No século XVIII, apesar da resistência de intelectuais centrais da época, como Jean-Jacques Rousseau – para quem o papel das mulheres se restringia à maternidade e a servir seus parceiros – o Iluminismo abriu espaço para as mulheres nas ciências pela ascensão da cultura de salões da Europa, espaços que reuniam homens e mulheres em ambientes aconchegantes para discussões filosóficas sobre política, sociedade e ciência. Já que às mulheres era reservado o espaço privado, doméstico, foi a partir da cultura de salões que as mulheres puderam participar mais ativamente da produção intelectual e científica e que trabalhos de mulheres em matemática, física, botânica e filosofia começaram a ter influência e reconhecimento oficial no mundo científico.

Foi no século XVIII, assim, que a primeira mulher ganhou uma cadeira acadêmica científica para lecionar em uma universidade: a física italiana Laura Bassi (1711-1778)

pega o q vc entendeu vc dá uma resumida espero te ajudar

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