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Japão: O bom exemplo no tratamento do lixo vem do outro lado do mundo.
As ruas das cidades são absolutamente limpas. A preocupação das pessoas vai além da reciclagem. O cuidado é não produzir muito lixo, mas é inevitável ter sujeira, dejetos, coisas que a gente joga fora. A visita a uma moderna usina de tratamento mexe com a cabeça da gente.
Elas se espalham pelo Japão. De longe, parecem prédios, mas são chaminés, a parte mais visível de como os japoneses tratam o lixo. Não há depósitos abertos, lixões, mas locais como o da cidade de Saitama, vizinha a Tóquio.
O entra e sai dos caminhões é constante. Trazem lixo dos bairros ao redor, quase 400 toneladas por dia. Os moradores já separam em casa o que é orgânico do que é reciclável. Cada caminhão traz um tipo de lixo, tratados de forma diferente.
Brasil: O lixo produzido nas cidades, cuja coleta é gerenciada pela administração local, é classificado de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). O Brasil produz, por dia, perto de 150.000 toneladas de lixo (77% de origem residencial). De acordo com a ABREPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), 60,5% dos municípios brasileiros estão acumulando seus resíduos sólidos de forma inapropriada.
Na maior parte do país, o lixo é enviado para os lixões, que são áreas onde o lixo simplesmente é empilhado, sem cuidados com a separação de produtos orgânicos e inorgânicos, ou ainda com a reciclagem e o tratamento dos resíduos que podem contaminar solos, rios e aquíferos. Os locais em que o lixo recebe uma cobertura com terra são chamados de aterros controlados, técnica que não acaba com a contaminação, apenas inibe o mau cheiro e a proliferação de insetos e animais vetores de doenças.