Respostas
A partir de 1919 os Estados Unidos da América reafirmaram a sua hegemonia no setor industrial mundial, numa altura em que a Europa passava por uma crise motivada pela desvalorização da moeda, o aumento de preços e a deterioração dos conflitos sociais, em grande medida consequências da Primeira Guerra Mundial. A crise com que os EUA se debateram meses após o fim da guerra foi ultrapassada com o aumento da procura, tanto interna como externa. Este crescimento económico saldou-se por um incremento do volume das exportações e uma forte diminuição das taxas de desemprego proporcionada pelo desenvolvimento da indústria. O crescimento do consumo nos Estados Unidos foi possível por influência direta do aumento salarial e pelo incremento dos rendimentos provenientes da agricultura. No início da década de 20 esta tendência de crescimento económico inverteu-se devido a uma alteração conjuntural resultante da junção de três fatores: efeitos da especulação na Bolsa instigados pela especulação económica de 1919; agravamento da inflação e forte tendência de desvalorização da moeda na Europa e diminuição da procura de produtos americanos por parte dos mercados europeus. Esta quebra conduziu à descida de preços nos EUA, a qual se manteve até 1926, e significou uma redução da produção industrial. Esta crise incidiu essencialmente na indústria têxtil, mas alastrou-se a outros setores vitais da indústria, como a metalurgia, e fez-se sentir também na agricultura. As economias americana e europeia foram afetadas pelo aumento das taxas de desconto, de 6% para 7%, e pela diminuição do crédito. Para as grandes companhias, a obtenção de capitais era conseguida através da redução dos stocks e dos preços praticados. Estas medidas tiveram resultados negativos nas empresas de menor envergadura, que se viram impossibilitadas de competir com aquelas.