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Resposta:
"O Brasil era fortemente dependente das exportações de café, e tinha uma enorme dívida externa, que precisava ser financiada com essas vendas", afirma o professor de História Econômica da FEA-USP, Renato Colistete. ... As exportações do produto, que chegaram a US$ 445 milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930
Explicação:
Boa noite ❤❤
Resposta:
A Revolução de 1930 iniciou-se após a Aliança Liberal, adversária da oligarquia paulista, iniciar uma revolta armada que causou a deposição de Washington Luís da presidência. ... Essa revolta armada ocorreu por insatisfações das três oligarquias citadas com o domínio excessivo dos paulistas sobre a política.
A Revolução de 1930 é considerada o acontecimento da história do período republicano brasileiro que pôs fim à chamada República Velha e, mais do que isso, foi o acontecimento que também deu fim às articulações políticas entre as oligarquias regionais do Brasil, que sobrepunham os seus interesses particulares aos interesses do Estado e da Nação como um todo. O principal protagonista da Revolução de 1930 foi Getúlio Dorneles Vargas, então presidente (nome que se dava aos governadores da época) do estado do Rio Grande do Sul. Para melhor compreendermos esse episódio de nossa história, é necessário saber qual era o cenário político da época. É o que será exposto no tópico seguinte.
A formação da Aliança Liberal (AL) e as Eleições de 1930
O cenário político do biênio 1929-1930 foi um dos mais conturbados não só para o Brasil, mas também para boa parte do mundo, sobretudo em virtude das consequências da Grande Depressão Americana, provocada pelo “crash” da Bolsa de Nova York. A economia cafeeira paulista, que movimentava grande parte da economia brasileira à época, foi diretamente atingida por esses fatores externos. A oligarquia que comandava esse setor da economia também tinha o controle do poder político e buscava delinear um futuro de recondução à estabilidade econômica por meio da sucessão no cargo da presidência da República. Em 1929, o presidente era o paulista Washington Luís, que, contrariando os acordos da “política do café com leite”, indicou como seu sucessor outro político paulista, Júlio Prestes.
Essa desavença entre as oligarquias de São Paulo e Minas foi acompanhada da organização de uma outra frente, formada por políticos de outros estados, como Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro. Essa frente ficou conhecida como Aliança Liberal, ou AL. O objetivo da AL era lançar candidatos à presidência e à vice-presidência que viabilizassem uma alternativa ao joguete oligárquico. Os candidatos em questão, para disputar as eleições de 1930, eram Getúlio Vargas, presidente do Rio Grande do Sul (para a presidência), e João Pessoa, presidente da Paraíba (para a vice-presidência).
Apesar da grande popularidade que a Aliança Liberal chegou a atingir, a chapa de Vargas e Pessoa não conseguiu concorrer em pé de igualdade com a máquina eleitoreira dos paulistas. Washington Luís trabalhou firme para que Júlio Prestes fosse eleito. Isso implicava a mobilização de toda a estrutura de fraudes das urnas, coerções e compras de votos e busca de apoio de outros presidentes de estados – no total, 17 apoiaram Júlio Prestes. O resultado foi esmagador. Com a apuração dos votos, em 21 de maio de 1930, contou-se 1.091.709 votos a favor de Prestes contra 742.794 obtidos por Vargas.