1-Qual a diferença entre a retórica e a oratória? *
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A oratória e a retórica são duas matérias não relacionadas e distintas em sua área de saber;
A oratória e a retórica são sinônimos, pois ambas tratam da comunicação humana;
A oratória e a retórica são complementares pois, embora a oratória trate apenas da fala em público, a retórica trata tanto da fala quanto da escrita.
A retórica envolve questões mais filosóficas e dialéticas enquanto a oratória se restringe à transmissão unilateral de informações.
2- Sobre o estudo e ensino da retórica, podemos destacar que: *
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É uma disciplina recente, apenas sendo estudada nos períodos atuais;
É uma arte clássica sendo estudada e ensinada desde a Grécia Clássica;
É uma disciplina de cunho exclusivamente religioso, sendo fundamental para o ensino do Trivium na Idade Média;
É uma disciplina distinta e não se relaciona com a oratória.
Respostas
Resposta:
1) C- A oratória e a retórica são complementares pois, embora a oratória trate apenas da fala em público, a retórica trata tanto da fala quanto da escrita.
2) B- É uma arte clássica sendo estudada e ensinada desde a Grécia Clássica;
Explicação:
1) As duas matérias são complementares e, às vezes, se confundem, mas a retórica é mais ampla que a oratória.
2) Os filósofos e políticos da Grécia Clássica já procuravam estudar a arte da retórica.
1) Oratória e Retórica são complementares. Logo, a alternativa C é a correta.
2) A Retórica é estudada desde a Grécia Antiga pelos sofistas. Logo, a alternativa B é a correta.
A Retórica e a Oratória podem ser estudadas em conjunto, mas a retórica direciona-se a um campo mais amplo do que a oratória. A oratória foca sua lente apenas no discurso oral; a retórica, por sua vez, estuda as sutilezas de quaisquer tipo de discursos, incluindo os discursos escritos, visando o convencimento ou a condução do ouvinte.
As principais figuras que estudaram e desenvolveram a retórica foram os sofistas, na Grécia Antiga. Os sofistas acreditavam que a correlação entre justiça e ética é resultado de convenções sociais.
Os sofistas ficaram famosos por advogarem em favor do relativismo ético. Na famosa frase de Protágoras, o homem é a medida de todas as coisas.
Sendo assim, não existe, na concepção sofística, uma verdade única que paute o que é o bem e o que é o justo: moral e justiça variam de acordo com as convenções sociais e os interesses dos indivíduos.
Eles ensinavam - e cobravam para isso - a sedução do ouvinte: o principal foco de Protágoras e Górgias, os sofistas mais famosos, não era o "bem falar", mas o "falar bem", ou seja, o falar que agrade, seduza e convença os ouvintes. Enquanto com Sócrates o desenvolvimento intelectual e espiritual se dá por meio da dialética (o diálogo franco em busca da verdade), com os sofistas é a retórica que ganha proeminência em detrimento da verdade, que passa a ser secundária em meio aos ensinamentos de técnicas de discurso.
Contra os sofistas é que surge Sócrates, criticando o relativismo moral e o ensino da retórica e da oratória que visem não o bem falar, mas o falar bem, ou seja: enquanto os sofistas ensinavam o discurso pelo discurso, como mera forma para manipular e conduzir os ouvintes, Sócrates focará sua lente no ensinamento do discurso que leve à verdade.
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