“Pinóquio” e a reinterpretação de um clássico
As adaptações em live-action estão cada vez mais comuns e criam novas interpretações de animações clássicas, o que nem sempre dá certo. Mas não é o caso deste “Pinóquio”, produção italiana dirigida por Matteo Garrone [...] e protagonizada pelo garoto Federico Lelapi [...].
Os estranhamentos com este novo longa começam com a caracterização e a maquiagem dos personagens animais, como o Grilo Falante, o Gato, a Raposa e a Caracol. O trabalho é muito bem realizado e traz um ar sombrio e um tanto exagerado, fazendo o design das criaturas lembrar o universo de Tim Burton. Porém, mesmo com o possível desconforto que esse visual possa causar, é possível adentrar naquele mundo de imaginação que traz a ideia de um boneco se transformar em um “menino de verdade” – e a textura da maquiagem feita em Lelapi é particularmente eficaz, dando a impressão de que há mesmo madeira na composição de seu rosto.
Mesmo sendo uma reinterpretação, o longa mantém os valores da animação da Disney, de 1941, como a importância de valorizar o estudo e de não mentir [...]. Além disso, é um filme que traz a inocência dos contos de fada, daqueles que nos teletransportam para nossa infância e criam a esperança de um mundo mais puro, como o olhar do nosso herói.
Mas fica também um alerta para os fãs da animação clássica: o ritmo deste novo “Pinóquio” é bastante lento, o que pode ser incômodo. A montagem é de Marco Spoletini, frequente colaborador de Garrone, e determinados momentos podem gerar cansaço no espectador devido à pouca ação entre os atos. Por outro lado, o longa chama a atenção pela fotografia de Nicolai Brüel [...], que faz bom proveito da luz em suas várias nuances [...]. A trilha sonora também é uma marca importante, assinada por Dario Marianelli [...]. A música torna o longa mais intimista e acolhedor, contrastando com as dificuldades vividas por Pinóquio durante sua jornada.
“Pinóquio” deixa uma divisão de sentimentos entre a nostalgia de revisitar um clássico da infância e a construção de um novo ponto de vista para narrar a história do personagem no cinema. Um ponto de vista mais consciente, mais duro e mais triste. Uma realidade que, infelizmente, era mais comum na época em que Carlo Colodi escreveu a história original e que, muitas vezes, é esquecida a fim de amenizar um conto infantil.
VASCONCELOS, Larissa. “Pinóquio” e a reinterpretação de um clássico. In. Cinematório. Disponível em: . Acesso em: 25 jan. 2021. Fragmento. (P080808I7_SUP)
Nesse texto, há um complemento verbal no trecho:
A)“Os estranhamentos com este novo longa...”. (2º parágrafo)
B)“O trabalho é muito bem realizado...”. (2º parágrafo)
C)“... mundo de imaginação que traz a ideia de um boneco...”. (2º parágrafo)
D)“... o ritmo deste novo ‘Pinóquio’ é bastante lento...”. (4º parágrafo)
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respondido por:
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Resposta:
RESPOSTA (C)
Explicação:
BONS ESTUDOS
Lickyguga:
Muito obrigado
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