ACIDENTE NA ESTRADA Todos os anos eu passava as férias de julho na fazenda dos meus tios, no interior do Rio de Janeiro. Os fatos que vou contar aconteceram em 1989, quando eu tinha 17 anos. Eles mudaram minha fé e visão do mundo. Meu tio, dois primos e eu estávamos jogando baralho enquanto, esperava minha tia terminar o jantar. A fazenda era muito antiga. Minha família morava ali há várias gerações. Infelizmente, nessa época, não havia eletricidade no campo. E os geradores eram muito caros para meu tio, então, era tudo iluminado através da vela e do lampião, o que dava um aspecto tenebroso ao lugar. Nesse dia, chovia muito forte e os cachorros estavam dentro da casa, mesmo assim estavam muito inquietos. – Eu não gosto quando eles estão assim, sempre acontece algo estranho – disse meu tio apontando os cachorros. Todos nós rimos do comentário, que, no momento, pareceu engraçado. Ainda estávamos rindo, quando ouvimos alguém bater forte na porta. Todos nós pulamos, por conta do susto. Meu tio foi atender a porta, seguido de minha tia que veio rápido da cozinha ver quem era a visita inesperada. Quando meu tio abriu a porta, vimos um homem que estava todo molhado da chuva. Eu sabia que não era conhecido, porque eu conhecia todos os vizinhos da redondeza. – Eu capotei meu carro ali na estrada. Preciso de ajuda, pois minha mulher está machucada e precisa de cuidados médicos. Eu vi sua casa da estrada e... – disse o homem, sem fôlego, até ser interrompido por meu tio. – Não precisa explicar mais. – disse meu tio pegando a chaves da caminhonete saindo. Sem perguntar nada, eu entrei com eles no veículo e partimos. Em um minuto, já estávamos onde o carro se encontrava. Eu e meu tio corremos para o carro, o homem ficou lá dentro do carro, paralisado, olhando na direção do carro e chorando quieto. Eu e meu tio agachamos, para ver a situação da mulher dele e para nosso choque ali estava o homem que bateu na porta da fazenda, todo ensanguentado. Sua mulher não estava diferente. Eu fiquei com medo, mas meu tio me olhou e disse: – Rápido temos que levar os dois para o hospital. – Disse ele, ignorando o fato sinistro e forçando a porta para abrir. Tiramos os dois do carro e os levamos para o hospital. O homem, como eu e meu tio sabíamos, já estava morto. A mulher estava com ferimentos bastantes graves, mas sobreviveu. Algumas horas depois, saímos do hospital e fomos de volta para a fazenda. Quando chegamos, contamos a história para meus primos e minha tia. Eles ficaram morrendo de medo. Terminei de contar a história e alguém bateu na porta. Meus primos correram para o quarto com medo. Meu tio abriu a porta, só que desta vez não tinha ninguém. Paulo Henrique Garcia Após a leitura do texto, podemos considerá-lo como:
a)conto.
b)informativo.
c)descritivo.
d)narrativa de enigma.
e)narrativa de ficção científica.
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acho que e A nao sei se ta certo
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