Dois passageiros em uma cabine de trem. Apossaram-se das mesinhas, cabines e bagageiros e se instalaram à vontade. Jornais, casacos e bolsas ocupam os assentos vazios. A porta se abre e entram dois outros viajantes. Não são vistos com bons olhos. Os dois primeiros passageiros, mesmo que não se conheçam, comportam-se com uma solidariedade notável. Há uma nítida relutância em desocuparem os assentos vazios e deixarem que os recém-chegados também se acomodem. A cabine do trem tornou-se território seu, para disporem dele a seu bel-prazer, e cada novo passageiro que entra é considerado um intruso. Esse comportamento não pode ser justificado racionalmente – está arraigado mais a fundo.
ENZENSBERGER, H. M. O vagão humano (fragmento). In: Veja 25 anos – reflexões para o futuro. Adaptado.
Em “Os dois primeiros passageiros, mesmo que não se conheçam, comportam-se com uma solidariedade notável”, há o mesmo número de orações que em:
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E
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Esta eu não tenho certeza haha
Cês são do Sesi também?
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