Leia o texto abaixo.
Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. [...]
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
COLASANTI, Marina. Disponível em: . Acesso em: 24 fev. 2011. Fragmento. (P121009ES_SUP)
No trecho “Eu sei que a gente se acostuma.” (1º parágrafo), a palavra destacada é exemplo da linguagem
A) coloquial.
B) culta.
C) jornalística.
D) regional.
E) técnica.
Respostas
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eu acho q e a letra E técnica
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5
Resposta:
linguagem coloquial
Explicação:
tenho 99% de certeza
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