Participaram dos atendimentos a mãe de 42 anos (P.) e sua filha de 13 anos (L.). Também compõem a família, B. de 7 anos, e o pai das meninas que não coabita há sete anos, desde que ocorreu o divórcio. O contexto dos atendimentos girava em torno da relação da mãe com a filha mais velha, que estava apresentando problemas de comportamento na escola e na família. A relação com o ex-marido era conturbada, uma vez que a separação ocorreu em função de uma traição que originou o segundo casamento dele e o nascimento de outro filho. O pai não participava da rotina de cuidados com as filhas, e suas contribuições financeiras muitas vezes eram realizadas com base em chantagens emocionais e ameaças. Ao longo do atendimento estava fortemente presente no discurso da mãe a sobrecarga e as humilhações que estava passando enquanto mulher, pelo fato de estar na condução de sua família.
VERZA, F.; SATTLER, M. K.; STREY, M. N. Mãe, mulher e chefe de família: perspectivas de gênero na terapia familiar. Pensando famílias, Porto Alegre , v. 19, n. 1, p. 46-60, jun. 2015 .
Considerando o caso exposto no texto, analise as seguintes afirmativas:
I - A intervenção nesse caso deve problematizar as questões de gênero e reconhecer que a família não deve ser pensada desvinculada de marcadores sociais como classe, gênero, cultura, raça/ etnia, momento histórico e aspectos políticos e econômicos.
II - As mulheres são socializadas para assumirem responsabilidade pelas relações familiares, sendo a elas delegadas características como a capacidade de conectar, cuidar e nutrir emocionalmente todos os membros da família.
III - Estudos atuais indicam que as mulheres ainda são as principais responsáveis pelos cuidados domésticos e de familiares dependentes como crianças, idosos e pessoas com incapacidades. No caso de famílias monoparentais femininas, a expectativa de que as mães se responsabilizem sozinhas pela criação de seus filhos acaba se naturalizando frente à pressão da sociedade.
IV - A Terapia Familiar pode ser considerada como uma fonte de apoio às famílias que estão em busca de melhorar a sua situação. No caso de famílias monoparentais femininas, a terapia familiar acaba sendo utilizada como um espaço onde as ansiedades de uma mãe solitária podem ser compartilhadas.
Assinale as alternativas que correspondem apenas aos aspectos que o psicoterapeuta deve considerar no atendimento do caso.
Escolha uma:
a.
I, III e IV.
b.
I e II.
c.
II e III.
d.
I, II, III e IV. Correto
e.
IV.
Respostas
respondido por:
16
Resposta:
I, II, III, IV
CORRIGIDO PELO AVA
Explicação:
respondido por:
2
Resposta:
A alternativa D é a correta
Explicação:
Todas as alternativas condizem com a situação apresentada no atendimento de acordo com a a autora em referência
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