• Matéria: Português
  • Autor: joaobatista1206
  • Perguntado 4 anos atrás

Leia o fragmento.



[...]

É bem capaz de exigir que eu morra como as santas. Recorro as minhas reservas florestais e pergunto-lhe se posso ao menos devanear um pouco em torno do meu achado: não é todos os dias que se acha um dedo. Ela me analisa com seu olhar lógico: “Mas não exorbite”.

Fecho a porta. Mas então eu ia dizendo que passeava por uma praia completamente solitária, nem biquínis, crianças ou barracas. Praia áspera e bela, quase intacta: três pescadores puxando a rede lá longe. Um cachorro vadio rosnando sem muita convicção para dois urubus pousados nos detritos. O sol batia em cheio na areia brilhante, viva, cheia de coisas do mar misturadas com coisas da terra longamente trabalhadas pelo mar. Guardei na sacola uma pedra cinzenta, tão polida que parecia revestida de cetim. Guardei um caramujo amarelo, o interior oco e roxo se apertando em espiral até a raiz inatingível. Guardei uma asa de concha rosa-pérola. O dedo não guardei não.



Analise as alternativas sobre o conto “O dedo” e marque a que traz uma interpretação em desacordo com todo o conto.


A Em: Ela me analisa com seu olhar lógico: “Mas não exorbite”. O pronome pessoal reto refere-se a face lúcida da narradora.

B A expressão: “Fecho a porta” indica ao leitor que a narradora interrompeu o diálogo consigo mesma e volta a narrar sobre seu achado.

C “O dedo não guardei não.” A frase anterior não é válida para o desfecho do conto, visto que a narradora acaba por levar consigo seu achado.

D De acordo com a visão da narradora, a falta de ‘biquínis, crianças ou barracas’ é sinal de que a praia é quase deserta.

Respostas

respondido por: juju6548
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Resposta:

letra C

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