No inicio do século XX, a população carioca era vitimada por frequentes epidemias, como as de febre amarela e de varíola. Se essas epidemias eram nocivas á população, como se explica sua reação violenta ás medidas sanitaristas adotadas por Oswaldo Cruz?
Respostas
Olá!
No início do século XX, o Rio de Janeiro (capital federal no período) estava passando por grandes mudanças, muitos bairros estavam se formando, havia uma grande desordem na instalação de moradias, o problema sanitário tomava conta do cenário: animais mortos pelas ruas, corpos eram enterrados nas igrejas e os lixos se amontoavam por todos os lados, fatos que tiveram como consequência a grande proliferação de doenças.
Com a descoberta do micróbio causador da febre amarela e o médico Domingos Freire desenvolveu vacinas e então o governo decidiu que toda a população deveria ser obrigatoriamente vacinada, pois era de interesse e imprescindível para a saúde pública.
A população se rebelou com raiva pois não gostava do fato de ser obrigada a se vacinar, não possuir livre arbítrio para realizar essa escolha, por considerar os métodos pouco confiáveis e por terem suas casas invadidas por enfermeiros e funcionários públicos que agiam com muita brutalidade, aspectos esses que acarretaram na Revolta da Vacina.
As reações violentas às reformas sanitaristas e higienistas do início do século XX derivam-se da falta de informação e cuidado do Estado ao repassar a importância de medidas de saúde pública para o controle das epidemias.
Nota-se que, denúncias várias são feitas a respeito de abusos por parte dos agentes que, por vezes forçavam a entrada nas residências para a aplicação de vacinas, por exemplo, o que gerou a Revolta da Vacina, em 1904.
No período, é verdade, epidemias de febre amarela e doenças do tipo estavam tomando várias cidades do país, levando várias pessoas à óbito.
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