Leia o texto abaixo.
Toda vez que o chuveiro queima, quem está tomando banho sou eu
Dizem que cada casa tem um queimador de resistências oficial, e aqui sou eu. Por que seria diferente, não é? [...]
Na primeira vez, foi tão esquisito que beirou mesmo o fantástico. Eu tinha acabado de entrar no boxe e molhado só o topo da cabeça; a ponta dos fios de cabelo ainda estava seca. Eu tinha um dia atarefado. A água gelou repentinamente; não havia sinal de fumaça, não havia cheiro de queimado. [...] Saí sem me lavar, sem entender o que tinha acontecido, e ainda disse para minha avó Vou comprar um chuveiro novo e ver se alguém vem instalar mais tarde… [...]
Chegando em casa, naquela mesma tarde, minha avó me disse O chuveiro voltou a esquentar, já até tomei meu banho.
[...] Pareceu provocação, um negócio meio pessoal, um problema que o chuveiro tinha comigo. E só comigo, olha só que pirraça. Dizem que é por que eu coloco a água muito quente e acabo sobrecarregando o chuveiro – aí ele se vinga de mim e para de esquentar.
Depois disso, trocamos de chuveiro umas três, quatro vezes, até esta mais recente, no final da semana que se passou. Claro que em todas era eu que estava [...] totalmente vulnerável à água fria. Deixei de me surpreender. A reação passou a ser a sequência de um sobressalto, um suspiro e um murmúrio: De novo… [...]
Você já fez metáforas mais bonitas sobre banhos frios e banhos quentes, Marina. É minha eu que vive dentro de mim me recriminando pela simplicidade, por eu ter aceitado tão facilmente que tinha que ser comigo, e sempre comigo, que o chuveiro queima. [...]
Não existe porquê de um chuveiro parar de esquentar bem acima de sua cabeça; se há fantasia neste mundo real em que vivemos, o mistério do chuveiro que queima é uma. Não aceito explicações técnicas. É, queimou mesmo… os eletricistas dizem, e fica nisso. Não vale a pena ir além, eles também sabem. Aí se troca o chuveiro, tudo é colocado no lugar, fio a fio, e o
problema acaba. O problema real acaba, é claro.
Agora, a cada novo banho, sou eu que recrimino a minha eu de dentro de mim para que não deixe a água muito quente e queime tudo outra vez: O chuveiro é novo, então se controla!
Como pode me pedir metáfora bonita com água gelada caindo na minha cabeça, heim?
O desfecho desse texto acontece quando
A) a narradora afirma para sua avó que comprará um chuveiro novo.
B) a narradora assume que é a queimadora oficial de resistências de sua casa.
C) a narradora conta que não existe motivo para o chuveiro parar de esquentar.
D) a narradora diz a si mesma para não deixar a água do chuveiro ficar muito quente.
E) a narradora sente a água gelar repentinamente o topo de sua cabeça.
Respostas
Resposta:
D
Explicação:
confia na mãe :D
É possível observar que o desfecho do texto ocorre quando a narradora diz para si mesma para não usar o chuveiro elétrico muito quente quando for tomar banho (item D).
De acordo com a narrativa, a narradora relata que sempre quando irá tomar banho, o seu chuveiro resolve dar algum tipo de problema, e a água acaba ficando fria ao invés de esquentar.
Durante a história ela revela que isso parece ser algo pessoal. Que o chuveiro resolve sempre parar de funcionar somente quando a narradora vai tomar banhos.
Sua avó foi tomar banho logo em seguida, e em um instante, o chuveiro voltou a funcionar. Portanto, a narradora decidiu tomar banhos mais frios.
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