Um dos documentos mais curiosos para a história da grande data de 15 de novembro consiste, a nosso ver, no aspecto inalterável da rua do Ouvidor, nos dias 15, 16 e 17, onde, a não ser a passagem das forças e a maior animação das pessoas, dir-se-ia nada ter acontecido. Tão preparado estava o nosso país para a República, tão geral foi o consenso do povo a essa reforma, tão unânimes as adesões que ela obteve, que a rua do Ouvidor, onde toda a nossa vida, todas as nossas perturbações se refletem com intensidade, não perdeu absolutamente o seu caráter de ponto de reunião da moda.
(Adaptado de THOME J. “Crônica do chic”. 1889. Apud PRIORE, M. D. et alli.
Documentos de História do Brasil de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997.)
Em frase que se tornou famosa, Aristides Lobo, o propagandista da República, manifestou seu desapontamento com a maneira pela qual foi proclamado o novo regime. Segundo ele, o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos acontecimentos, assistira a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver uma parada militar.
(CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.)
Nos textos apresentados, encontram-se as opiniões de dois observadores do fim do século XIX – José Thome e Aristides Lobo – a respeito da Proclamação da República. A divergência entre as posições dos autores sobre o evento refere-se ao seguinte aspecto:
a)ideário republicano;
b)reação da população;
c)caráter elitista do movimento;
d)caracterização política do regime.
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Resposta:
c)caráter elitista do movimento
Explicação:
não sei se está certa
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