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A ascensão de Bonaparte ao poder foi consequência direta da crise ocorrida na França no final do século XVIII. Naquele momento havia a busca por um regime de liberdade política e igualdade de direitos.
Coube a Napoleão a tarefa de consolidar internamente e difundir externamente algumas das principais conquistas da Revolução Francesa (1789-1799).
A expansão territorial da “Era Napoleônica” teve como objetivo o fortalecimento do Estado francês. Desta maneira eram divulgadas ideias liberais que enfraqueciam seus adversários (em geral monarquias) e se criavam um grande mercado para os produtos do país.
Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, capital da Córsega, ilha recém-adquirida pela França à República de Gênova, no dia 15 de agosto de 1769.
Carreira Militar e Política
Estudou em Ajaccio e com 10 anos de idade seguiu para o colégio militar de Brienne, França. Em 1784, ingressou como bolsista na Escola Real Militar, no Campo de Marte, em Paris, onde começou sua carreira. Com 16 anos foi graduado subtenente de artilharia.
Fiel à monarquia e à disciplina militar, inicialmente se posicionou contra a Revolução Francesa. No entanto, logo mudou de lado, entrando para o Clube Jacobino, grupo político de maior evidência no final de 1791.
Em 1794, a reação dos moderados acabou com o grupo. Napoleão, apesar da patente de general de brigada, obtida no ano anterior na defesa de Toulon, não escapou da prisão, que durou só quinze dias.
Em 1795, é nomeado comandante do Exército francês, quando derrota os revoltosos partidários da monarquia. Nessa época conhece Josefina Beauharnais, viúva de um nobre guilhotinado na Revolução e mãe de dois filhos. Casam-se no dia 9 de março de 1796.
Dois dias depois, parte para campanhas vitoriosas na Itália e Áustria, retornando a Paris aplaudido pela multidão. Em seguida vai para o Egito (1798-1799), que é tomado numa rápida campanha.
Volta a Paris em 1799 e encontra a França ameaçada por uma guerra civil.
O Consulado (1799-1802)
Napoleão Bonaparte, aclamado pelo povo como herói nacional, no dia 9 de novembro de 1799, promoveu num golpe de Estado o “Golpe do 18 de Brumário”.
Nesta data, ele derrubou o Diretório, dissolveu a Assembleia e assumiu o governo. Implantou o regime de Consulado e foi nomeado Primeiro Cônsul.
Em 1800 aprovou, em plebiscito, uma Constituição. Em 1802, assinou a paz de Amiens com a Inglaterra.
Neste período, fundou o Banco da França e organizou sua obra mais relevante: O Código Civil. Inspirado no Direito Romano, esse corpo de leis continua, em sua essência, em vigor até hoje.
Vitorioso interna e externamente, recebe o título de Cônsul-Vitalício.
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Napoleão e o Império
Por referendo, Napoleão Bonaparte se faz Imperador, coroado pelo Papa Pio VII, no dia 2 de dezembro de 1804. Torna-se Napoleão I, Imperador da França.
Estabelecido pelo Senado, em nome da República, o Império seria exercido com mão de ferro. Napoleão instituiu o Código Comercial e o Código Penal.
O equilíbrio interno conquistado possibilitou a Napoleão pôr em prática seu plano principal: fazer da França a maior potência do continente.
Várias vitórias se seguiram e deram ao imperador o controle de quase toda e Europa central.
Para enfraquecer a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, forçando os países europeus a fecharem os portos ao comércio inglês.
Essa medida garantia exclusividade da indústria francesa nos mercados da Europa. Em 1807 e 1808, Bonaparte invadiu primeiro a Espanha e depois Portugal.
Com um exército que parecia imbatível, por volta de 1810, quase toda a Europa ocidental estava sob seu domínio. A grande exceção era a Inglaterra.
Nesse ano, já separado de Josefina, casa-se com a arquiduquesa Maria Luísa da Áustria, filha de Francisco II e irmã de D. Leopoldina - esposa de D. Pedro I, e primeira imperatriz do Brasil.
Com a arquiduquesa Maria Luísa teria um filho, Napoleão II, que faleceu aos 21 anos.
Napoleão e o filho
A Imperatriz Maria Luísa e o Imperador Napoleão apresentam o filho à corte francesa
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Guerra com o Império Russo
Em 1812, os russos romperam o bloqueio contra a Inglaterra. Em represália, Napoleão invadiu a Rússia, com um exército de 600 mil homens.
Chega a Moscou e encontra a cidade incendiada pelos próprios russos. Suas tropas não conseguem resistir ao rigoroso inverno russo. Vencido, ele retira-se.
Apenas 30 mil deles conseguem voltar à França. Nesse mesmo ano a França é invadida e Napoleão acabou renunciando ao poder em 1814, sendo exilado na ilha de Elba, no Mediterrâneo.
Governo dos Cem Dias
Em março de 1815, Napoleão foge e entra em Paris, aplaudido pelo povo e pelas tropas, indignadas com a restauração da monarquia dos Bourbons.
Por cem dias reassume o poder, mas é de novo derrotado, desta vez definitivamente, na Batalha de Waterloo, pelos ingleses e seus aliados.
As nações vitoriosos, por sua parte, se reúnem no Congresso de Viena para redesenhar o mapa europeu.
Em seguida é levado como prisioneiro para a ilha