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Resposta:
O pavão sem coração
Naquela floresta viviam os mais belos animais do mundo.
O pavão era o mais conhecido, pois era o mais belo e raro de todos os animais. Só existia
um no mundo. Mas o pavão era muito egoísta e malcriado e, por isso, ninguém gostava
dele. Ninguém… com excepção da raposa.
A raposa era muito querida, mas como queria sempre ir atrás do pavão, por causa da sua
beleza, ia perdendo cada vez mais amigos.
Certo dia, pela manhã, o cavalo convidou a raposa para ir jogar à bola com o ouriço e
o coelho. A raposa olhou para o pavão, que abanou a cabeça em forma de um grande e
redondo “NÃO”. A raposa, para não contrariar o pavão, negou, mais uma vez, o convite
dos amigos. Sentia-se orgulhosa por ter um amigo tão belo.
Porém, nessa mesma tarde, enquanto o pavão descansava e farta de nada fazer, a raposa
foi até a casa do cavalo. Bateu à porta. Este abriu-a com um grande sorriso, que se des-
manchou quando a viu.
- Queres vir brincar comigo?- disse a raposa.
Ele, um dos animais mais simpáticos e bondosos de toda a floresta, fechou a porta sem
dizer nada. Procurando não desistir, a raposa foi procurar mais animais, perguntando-
lhes a mesma coisa, e a resposta era sempre a mesma: uma porta que se fechava.
A raposa voltou a casa muito, muito triste. Pegou numa folha com água e, como era
habitual, lavou-se e deitou-se. Na cama, perguntava a si própria o que acontecera. No
meio do sono e da tristeza, ouvia uma voz, ao longe, que lhe dizia: “Raposa, olha para ti,
vê no que te estás a tornar. Já ninguém gosta de ti.”
Foi então que algo a despertou.
No dia seguinte, foi à porta de cada amigo pedir desculpa, e estes aceitaram-na de volta.
Foi assim que a raposa percebeu que não se gosta de uma pessoa pela sua aparência, mas
pelo seu coração.
Não vejas com os olhos
Vê com o coração
Não te leves pelas aparencias
Que elas podem não ter razão