conto de
Rosa,
1. Leia este trecho de
ho pedrês".
[...]
Alta, sobre a cordilheira de cacundas sinuosas, oscilava a mastreação de chifres. E comprimiam-
-se os flancos dos mestiços de todas as meias-raças plebeias dos campos-gerais, do Urucuia, dos
tombadores do Rio Verde, das reservas baianas, das pradarias de Goiás, das estepes do Jequiti-
nhonha, dos pastos soltos do sertão sem fim. Sós e seus de pelagem, com as cores mais achadas
e impossíveis: pretos, fuscos, retintos, gateados, baios, vermelhos, rosilhos, barrosos, alaranjados;
[...] - curvas e zebruras pardo-sujas em fundo verdacento, como cortes de ágata acebolada,
des nós de madeira lavrada, ou faces talhadas em granito impuro.
Como correntes de oceano, movem-se cordões constantes, rodando remoinhos: sempre um
vai-vem, os focinhos babosos apontando, e as caudas, que não cessam de espanejar com as vas-
sourinhas. Somam-se. Buscam-se. O crioulo barbeludo, anguloso, rumina, estático, sobre os maus
aprumos, e gosta de espiar o céu, além, com os olhos de teor morno, salientes. [...]
ROSA, João Guimarães. Sagarana, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. p. 29. (Coleção 50 anos).
gran-
a) De que trata o trecho?
b) O narrador compara a visão do conjunto de bois a várias imagens. Quais são elas?
c) Observe as palavras destacadas. Elas podem ser encontradas no dicionário da língua portugue-
sa? É possível entender seu sentido pelo contexto? Explique.
Respostas
respondido por:
16
Resposta:
1. a) O trecho trata sobre bois de várias raças.
b) Uma cordilheira de cacundas sinuosas, correntes de oceano, cordões constantes, remoinhos.
c) Não é possível encontrar essas palavras no dicionário. É possível entender o seu sentido. Verdacento: cor verde pardo. Vai - vem: é a mesma coisa de vaivém. barbeludo: é barba longa.
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