• Matéria: Português
  • Autor: Mikellywolf
  • Perguntado 4 anos atrás

3- explique qual é o assunto do texto? Coloque um trecho do texto que justifique

*As vacinas e a dependencia brasileira*
Ainda que o imbróglio do envio de vacinas prontas e de insumos provenientes da China e da india já esteve resolvido , ele escancou uma deficiência na estrutura brasileira de saúde pública: a dependência crescente do produto externo para o sucesso dos programas de imunização brasileiros. no caso da Covid-19 , o Instituto Butantan e a Fiocruz assinaram acordos com a Sinovac e a Universidade de Oxford/AstraZeneca, respectivamente, para que sejam capazes de produzir localmente o ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), mas isso ainda deve levar vários meses; por enquanto, o insumo terá de ser importado, com todos os possiveis entraves que o país acabou de presenciar.
A transferência de tecnologia para que também o IFA seja feito aqui significa que, mais cedo ou mais tarde, Butantan e Fiocruz
terão a chance de realizar localmente todo o processo de produção das vacinas – decisão extremamente acertada em um cenário no
qual existe uma corrida global por um produto cuja oferta ainda é muito menor que a demanda. Mas a eventual autossuficiência
futura na vacina contra a Covid-19 não atenua o fato de que o país entrou nesta corrida em posição desfavorável e, pior ainda, vem
assistindo, já há algumas décadas, a um processo de sucateamento na produção de vacinas que ameaça um programa reconhecido
como referência mundial.
Reportagem da Gazeta do Povo mostrou que os laboratórios públicos – além de Butantan e Fiocruz, a Fundação Ezequiel Dias
(Funed), o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o Instituto Vital Brazil – são responsáveis, hoje, por 75% das vacinas aplicadas
no Programa Nacional de Imunização (PNI). No entanto, eles não realizam o ciclo completo de produção para boa parte desses
imunizantes, dependendo da importação de vários insumos, não apenas o IFA. Em alguns casos, a participação dos laboratórios
nacionais se limita às últimas etapas, de formulação, envase, rotulação e empacotamento.
O sucateamento começou a partir dos anos 2000, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editou normas que
colocariam os laboratórios brasileiros em pé de igualdade com os europeus e norte-americanos em termos de boas práticas. No
entanto, não houve recursos suficientes para realizar esse melhoramento, minando a autossuficiência brasileira na produção de
vacinas. A situação se deteriorou ainda mais a partir de 2012, segundo o professor da USP Marco Antonio Stephano, ouvido pela
reportagem.
Os incentivos para que laboratórios particulares se estabeleçam no Brasil e produzam vacinas são nulos. Legislação, custos e a
política de compras do governo inviabilizam vacinas privadas feitas localmente, pois elas não têm a menor condição de competir com
o produto dos laboratórios públicos, beneficiados com uma série de isenções tributárias.
Não se trata apenas, portanto, da situação emergencial causada pela Covid-19, mas do futuro do combate a várias outras doenças
que o Brasil conseguiu erradicar com sucesso. Reativar o investimento público é importante, mas ainda mais urgente é eliminar as
travas que tornam o Brasil inacessível aos laboratórios privados para a produção de vacinas. Uma legislação e uma política industrial
inteligentes poderiam ter feito a diferença na imunização contra o coronavírus, com disponibilidade muito maior de vacinas neste
momento inicial, e certamente fariam a diferença no futuro, seja diante de novas doenças, seja para manter o país livre de antigos
males.

Respostas

respondido por: amandaalvesancelmo
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Resposta:o texto fala das vacinas e um pouco da história dela e como ela foi criada o trecho que justifica é crescente do produto externo para o sucesso dos programas de imunização brasileira

Explicação: espero ter ajudado

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