Leia o poema abaixo:
O POETA DA ROÇA
Sou fio das mata, cantô da mão grossa,
trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
só fumo cigarro de páia de mío.
Sou poeta das brenha, não faço o papé
de argum menestré, ou errante cantô
que veve vagando, com sua viola,
cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
e o fio do pobre não pode estuda.
Meu verso rastêro, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
meu verso só entra no campo e na roça
nas pobre paioça, da serra ao sertão.
[...]
Patativa do Assaré
2. Na última estrofe o eu-lírico diz que seus versos não entram no rico salão. Isso se relaciona com a questão da
variação linguística? De que forma? (1,0)
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sim
Explicação:
o rico salão so aseita caligrafia chike e perfeita não que aquele poema não tenha caligrafia boa
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;/
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