SONETO
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti as noites eu velei chorando,
Por ti nos sonhos morrerei sorrindo!
a) A partir da leitura do soneto, podemos apontar a importância do parnasiano tema da “arte pela arte” na escrita amorosa do livro Lira dos Vinte Anos.
b) Traços épicos, oriundos da poesia de Homero, Virgilio e Camões, são identificáveis no soneto, especialmente devido às referências noturnas.
c) O caráter tão debatido do sentimentalismo romântico é negado nos versos: Por ti – as noites eu velei chorando,/Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo! (v.13 e v.14).
d) Em termos de composição cromática, o soneto lança mão de um jogo de cores primárias intensas, bem como de metáforas solares e reluzentes.
e) Identifica-se o tema, presente na lírica em língua portuguesa desde o Trovadorismo, da mulher idealizada, distante e indiferente aos anseios amorosos do eu lírico.
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d)
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d)
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confia no pai
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