• Matéria: História
  • Autor: freitasnunesemily52
  • Perguntado 4 anos atrás

Quais foram os principais filósofos desse período e o que cada um defendia?​

Respostas

respondido por: geovanamartinssousa
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Resposta: Aximandro (c. 610-550) pensava que tudo era feito do Apeiro, uma concepção que tem um certo encanto espúrio, até percebermos que não quer realmente dizer coisa alguma.

Anaxímenes (c. 570-510) aventurou-se corajosamente numa direção completamente nova, apesar de não menos arbitrária, ao afirmar que na realidade tudo era feito de Ar, uma perspectiva talvez mais plausível na Grécia do que, por exemplo, no Barreiro.

Heraclito (c. 540-490) discordou, defendendo antes que tudo era feito de Fogo. Mas ele avançou um passo mais, afirmando que tudo estava num estado de fluxo e que tudo era idêntico ao seu oposto, acrescentando que não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, e que não existe qualquer diferença entre o Caminho a Subir e o Caminho a Descer, o que mostra que nunca foi ao Bairro Alto numa sexta-feira à noite. Vale por vezes a pena referir de passagem (o que constitui sempre a melhor maneira de nos referirmos ao que quer que seja em filosofia) a «Metafísica de Heraclito», para falar da sua doutrina do fluxo, desde que não tenhamos de explicar seja o que for. Heraclito era muito admirado por Hegel (q.v.), o que nos diz talvez mais sobre Hegel do que sobre Heraclito.

Pitágoras (c. 570-10), como qualquer aluno da primária sabe, inventou o triângulo retângulo; na verdade foi mais longe, ao acreditar que tudo era feito de números. Acreditava também numa forma extrema de reencarnação, defendendo que uma larga gama de coisas improváveis, incluindo os arbustos e os feijões, têm alma, o que tornava a sua dieta bastante problemática, acabando por ser indiretamente responsável pela sua bizarra morte (q.v.).

Empédocles (c. 500-430), um notável médico e político siciliano do século V, completamente doido (veja-se Mortes para mais detalhes), pensava que tudo era feito de Terra, Ar, Fogo e Água, misturando-se ou separando-se tudo através do Amor e da Discórdia, ganhando cada um, à vez, a proeminência no ciclo do eterno retorno, espelhando assim o cosmos, em grande escala, o casamento suburbano típico.

Depois vêm os eleatas, Parménides (520-430) e Melisso (480-420), que foram ainda mais além. Em vez de afirmarem que tudo era na realidade feito de uma substância, defenderam antes que na realidade só havia uma única Coisa, grande, esférica, infinita, imóvel e imutável. Toda a aparência de variedade, movimento, separação entre objetos, etc., era uma Ilusão. Esta teoria extraordinariamente contra intuitiva (por vezes conhecida por Monismo, da palavra grega «mono», que quer dizer «dispositivo antiquado de gravação») revelou-se surpreendentemente popular, sem dúvida por estar de acordo com a experiência que as pessoas têm com algumas instituições, como os Correios e a EDP.

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