Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoniaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infancia. A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondriaco, Este ambiente me causa repugnância.... Sobe me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardiaco.
Já o vermeeste operário das ruinas Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E ha de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra!
A partir desse soneto, é correto afirmar:
Augusto dos Anjos, Eu, Rio de Janeiro, Livr. São José, 1965.
1. Ao se definir como filho do carbono e do amoníaco, o eu lirico desce ao limite inferior da materialidade biológica pois, pensando em átomos (carbono) e moléculas (amoniaco), que são estudados pela Química, constata-se uma dimensão onde não existe qualquer resquicio
termos de
de
alma ou de espirito. II. O amoniaco, no soneto, é uma metáfora de alma, pois, segundo o eu lírico, o homem é composto de corpo (carbono) e alma (amoniaco) e, no fim da vida, o corpo (organico) acaba, apodrece, enquanto a alma (inorgânica) mantém-se intacta
III. O soneto principia descrevendo as origens da vida e termina descrevendo o destino final do ser humano; retrata o ciclo da vida e da morte, permeado de dor, de sofrimento e da presença constante e ameaçadora da morte
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Resposta:
II.O amoníaco no soneto é uma metáfora de alma,pois,segundo o eu lirico homem e composto de corpo(carbono) e alma (amoníaco) e,no fim da vida,o corpo (orgânico) acaba,apodrece, enquanto a alma(morgamica) mantém-se intacta.
Explicação:
por que hipocadriaco, este ambiente causa repugnância.
espero ter ajudado :)
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