1.Leia estas proposições referentes aos grandes poetas da Geração Orpheu:
I. Cantor da urbe, descreve, em princípio, as sensações exóticas da modernidade. Tempos depois, experiencia o tédio. Poeta de ritmos largos, imagens audaciosas, ele é todo contradições: futurista que ironiza o progresso, modernista que vive momentos de nostalgia, ateu que lamenta a fé perdida.
II. Sutil, musical (prefere os versos redondilhos), é o poeta dividido entre o sentir e o pensar. Diz ser “fingidor”, e afirma mentir, mesmo quando diz a verdade.
III. Naturalista, instintivo, é o poeta da Natureza, das coisas reais, que são o que são e como são. Nega a transcendência e a metafísica. Ama o concreto e odeia a interpretação do real pela inteligência, pois esta só sabe transformar o real em noções vazias. Formalmente, cultiva a linguagem fluente, instintiva, deixando livre o seu ritmo.
IV. Fiel à sua formação helênica, escreve odes neoclássicas inspiradas em Horácio, nas quais defende um altivo estoicismo ou um “epicurismo triste”. Assim, postula a ausência de desejos e o autodomínio como receita de sabedoria. Poeta essencialmente ético, manifesta o rigor de sua postura em poemas de enunciação severa e métrica precisa.
V. Editor e mantenedor da revista Orpheu, apresenta uma personalidade hipersensível, desequilibrada. Inadaptado a certas circunstâncias, sua racionalidade e lucidez são responsáveis por uma autoanálise trágica, pelo sentido de fragmentação e aniquilamento. Morre jovem, em profunda depressão.
Tais proposições referem-se, respectivamente, aOpção única.
(9 Pontos)
A) Mário de Sá Carneiro, Fernando Pessoa “Ele-Mesmo”, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis.
B) Fernando Pessoa “Ele-Mesmo”, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Mário de Sá Carneiro e Ricardo Reis.
C) Álvaro de Campos, Fernando Pessoa “Ele-Mesmo”, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Mario de Sá Carneiro.
D) Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Fernando Pessoa “Ele-Mesmo” e Mário de Sá Carneiro.
E) Fernando Pessoa “Ele-Mesmo”, Alberto Caeiro, Mário de Sá Carneiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
Respostas
A alternativa correta é a letra D) Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Fernando Pessoa “Ele-Mesmo” e Mário de Sá Carneiro.
I. Cantor da urbe, descreve, em princípio, as sensações exóticas da modernidade. Tempos depois, experiencia o tédio. Poeta de ritmos largos, imagens audaciosas, ele é todo contradições: futurista que ironiza o progresso, modernista que vive momentos de nostalgia, ateu que lamenta a fé perdida. Álvaro de Campos, cujas obras poéticas transmitem o futurismo, a modernidade.
II. Sutil, musical (prefere os versos redondilhos), é o poeta dividido entre o sentir e o pensar. Diz ser “fingidor”, e afirma mentir, mesmo quando diz a verdade. Alberto Caeiro, que defendia o sentir e pensar como elementos que não devem ser dissociados. O tema é retratado na obra Guardador de Rebanhos.
III. Naturalista, instintivo, é o poeta da Natureza, das coisas reais, que são o que são e como são. Nega a transcendência e a metafísica. Ama o concreto e odeia a interpretação do real pela inteligência, pois esta só sabe transformar o real em noções vazias. Formalmente, cultiva a linguagem fluente, instintiva, deixando livre o seu ritmo. Ricardo Reis é conhecido por suas obras neoclássicas e é conhecido por suas obras de entendimento complexo e por ser um horáculo brasileiro, com grande sabedoria.
IV. Fiel à sua formação helênica, escreve odes neoclássicas inspiradas em Horácio, nas quais defende um altivo estoicismo ou um “epicurismo triste”. Assim, postula a ausência de desejos e o autodomínio como receita de sabedoria. Poeta essencialmente ético, manifesta o rigor de sua postura em poemas de enunciação severa e métrica precisa. Fernando Pessoa é um poeta denominado neoclássico e bastante conhecido pela formação helênica, que funde elementos da cultura grega com a ocidental.
V. Editor e mantenedor da revista Orpheu, apresenta uma personalidade hipersensível, desequilibrada. Inadaptado a certas circunstâncias, sua racionalidade e lucidez são responsáveis por uma autoanálise trágica, pelo sentido de fragmentação e aniquilamento. Morre jovem, em profunda depressão. Mário de Sá Carneiro foi um autor de obras melancólicas e de falta de adaptação da vida, angústias, acabaram levando ao poeta a profunda depressão e morte jovem.
Bons estudos!