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Percebe-se que o principezinho entra em contato, a cada
planeta, com caricaturas de costumes. De fato, os personagens
que ele encontra fazem sobressair a falta de sentido de seus
“planetas”. Assim, a autoridade do rei é vazia de sentido porque
não há súditos, a vaidade do vaidoso é inútil porque não há
admiradores, o vício do bêbado é nocivo porque conduz ao os‑
tracismo e, por fim, o homem de negócios possui “o que não
tem sentido possuir nem quantificar”. Todos esses “seres” es‑
tão completamente sozinhos, o que permite pensar que o “pla‑
neta” de cada um é, na verdade, um universo pessoal e não um
local — são antes seus “mundos subjetivos e individuais”, nos
quais estão enclausurados e sem noção de coletividade. Por‑
tanto, sem acesso aos semelhantes, eles são solitários e não
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A água ficaria, então, acrescida de seu significado primordial,
símbolo da vida, da pureza física e espiritual; a água que, ao
saciar a sede, promoveria o renascimento. É outro aspecto que
se pode associar à literatura bíblica, na qual a água precede a
criação: “e um vento de Deus pairava sobre as águas” (Gêne‑
sis 1,2). Depois disso o narrador dirá, enfim: “E aí entendi o que
ele vinha procurando!” (p. 92). Naturalmente, ao temer a perda
do principezinho, o narrador vai comparar seu riso a uma “fon‑
te no deserto” (p. 99).
A partir desse instante, de corpo e espírito harmonizados,
piloto e principezinho “recapitulam” as premissas do aprendi‑
zado, que desembocam todas num ato do coração, palavra a
que se poderia aqui aplicar o amplo sentido etimológico, que
engloba também o de coragem (ambos os termos, “coração” e
“coragem”, têm origem no latim cor).