• Matéria: Português
  • Autor: FANTASMA2020
  • Perguntado 4 anos atrás

A moça ia no ônibus muito contente desta vida, mas, ao saltar, a contrariedade

se anunciou:

– A sua passagem já está paga – disse o motorista.

– Paga por quem?

– Esse cavalheiro aí.

E apontou um mulato bem-vestido que acabara de deixar o ônibus, e

aguardava com um sorriso junto

à calçada.

– É algum engano, não conheço esse homem. Faça o favor de receber.

– Mas já está paga...

– Faça o favor de receber! – insistiu ela, estendendo o dinheiro e falando bem

alto para que o homem

ouvisse:

– Já disse que não conheço! Sujeito atrevido, ainda fica ali me esperando, o

senhor não está vendo?

Vamos, faço questão que o senhor receba minha passagem.

O motorista ergueu os ombros e acabou recebendo: melhor para ele, ganhava

duas vezes.

A moça saltou do ônibus e passou fuzilando de indignação pelo homem. Foi

seguindo pela rua, sem

olhar para ele.

Se olhasse, veria que ele a seguia, meio ressabiado, a alguns passos.

Somente quando dobrou à direita para entrar no edifício onde morava, arriscou

uma espiada: lá vinha ele! Correu para o apartamento, que era no térreo, pôs-se a bater, aflita:

– Abre! Abre aí!

A empregada veio abrir e ela irrompeu pela sala, contando aos pais atônitos,

em termos confusos, a

sua aventura:

– Descarado, como é que tem coragem? Me seguiu até aqui!

De súbito, ao voltar-se, viu pela porta aberta que o homem ainda estava lá fora,

no saguão. Protegida

pela presença dos pais, ousou enfrentá-lo:

– Olha ele ali! É ele, venham ver! Ainda está ali, o sem vergonha. Mas que

ousadia!

Todos se precipitaram para a porta. A empregada levou as mãos à cabeça:

– Mas a senhora, como é que pode! É o Marcelo.

– Marcelo? Que Marcelo? – a moça se voltou, surpreendida.

– Marcelo, o meu noivo. A senhora conhece ele, foi quem pintou o

apartamento.

A moça só faltou morrer de vergonha:

– É mesmo, é o Marcelo! Como é que eu não reconheci! Você me desculpe,

Marcelo, por favor.

No saguão, Marcelo torcia as mãos, encabulado:

– A senhora é que me desculpe, foi muita ousadia...

1.Com relação ao gênero do texto e a sua estruturação, responda: (D6, D7)

a) Qual é o gênero textual?

d) Qual é a seu objetivo?

e) Quais são as principais características?

f) Qual é o público-alvo desse texto?

2. Qual é o tema e o assunto do texto? (D1)

3. Onde se passa a história? (D2)

4. O que Marcelo considerou, no final, que foi muita ousadia? (D3)

5. Nos trechos abaixo identifique a quem/que se referem as palavras

destacadas: (D15)

a) “... melhor para ele, ganhava duas vezes.” (l. 13) ___________

b) “Se olhasse, veria que ele a seguia...” (l. 16) ___________/ ___________

c) “... o senhor não está vendo?” (l. 11) ___________

d) “Todos se precipitaram para a porta.” (l. 26) ___________

6. Na frase “Somente quando dobrou à direita para entrar no edifício onde

morava...” (l. 17), por qual palavra podemos substituir o pronome em destaque

sem alterar o sentido do texto: (D16)

a) aonde.

b) cujo.

c) no qual.

d) de qual.

7. Na frase “Abre! Abre aí!” (l. 29) o uso da exclamação sugere o que? (D21)

8. Qual é o conflito gerador do enredo? (D19)

9. Por que a moça se envergonha no final do texto? (D12)

10. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato: (D10)

a) ( ) “A sua passagem já está paga.” (l.2)

b) ( ) “E apontou um mulato bem-vestido...” (l.5)

c) ( ) “Sujeito atrevido, ainda fica ali me esperando...” (l.11)

d) ( ) “Se olhasse, veria que ele a seguia...” (l.16)​

Respostas

respondido por: siuva7947
0

Resposta:

vai estudar z ai vc descobre

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