Com licença poética - Adélia Prado
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
Ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— Dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
A mulher é desdobrável. Eu sou.
12-) Após a leitura do texto é correto afirmar que
Escolha uma:
a.) a expressão “minha tristeza não tem pedigree” foi utilizada para dar graça ao poema.
b.) o último verso refere-se à força feminina, que se molda e se transforma na vida.
c.) é um poema que se apropriou de elementos de outro poema como recurso argumentativo.
d.)o título do poema não tem ligação com o tema desenvolvido e foi utilizado como ironia.
e.) o uso da crase em “já a minha vontade de alegria” é optativa.
Respostas
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Resposta:
b) o último verso refere-se à força feminina, que se molda e se transforma na vida.
Explicação:
corrigido pelo ava s2
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Resposta:
o último verso refere-se à força feminina, que se molda e se transforma na vida.
Explicação:
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