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Resposta:
O Texto Teatral ou Dramático são aqueles produzidos para serem representados (encenados) e podem ser escritos em poesia ou prosa.
São, portanto, peças de teatro escritas por dramaturgos e dirigidos por produtores teatrais e, em sua maioria, são pertencentes ao gênero narrativo.
Ou seja, o texto teatral apresenta enredo, personagens, tempo, espaço e pode estar dividida em “Atos”, que representam os diversos momentos da ação, por exemplo, a mudança de cenário e/ou de personagens.
De tal modo, o texto teatral possui características peculiares e se distancia de outros tipos de texto pela principal função que lhe é atribuída: a encenação.
Dessa forma, ele apresenta diálogo entre as personagens e algumas observações no corpo do texto, tal qual o espaço, cena, ato, personagens, rubricas (de interpretação, de movimento).
Já que os textos teatrais são produzidos para serem representados e não contados, geralmente não existe um narrador, fator que o difere dos textos narrativos.
O teatro é uma modalidade artística que surgiu na antiguidade. Na Grécia antiga, eles possuíam uma importante função social, donde os espectadores esperavam pelo momento da apresentação, que poderia durar um dia todo.
Características do Texto Teatral
Textos encenados
Gênero narrativo
Diálogo entre personagens
Discurso direto
Atores, plateia e palco
Cenário, figurino e sonoplastia
Linguagem corporal e gestual
Ausência de narrador
Linguagem Teatral
A linguagem teatral é expressiva, dinâmica, dialógica, corporal e gestual. Para prender a atenção do espectador os textos teatrais sempre apresentam um conflito, ou seja, um momento de tensão que será resolvido no decorrer dos fatos.
Observe que em grande parte a linguagem teatral é dialógica, no entanto, quando encenada por somente um personagem é chamado de monólogo, donde expressa pensamentos e sentimentos da pessoa que está atuando.
Exemplo
Segue abaixo um trecho do texto teatral intitulado “Álbum de Família”, escrito por Nelson Rodrigues, em 1945:
Cena 1
(Palco menor: cena mostra ângulo de um dormitório de colégio. Glória e Teresa entram rindo muito, como se brincassem de esconde-esconde. Ambas em finíssimas camisolas, muito transparentes. São meninas que aparentam 15 anos. Há entre as duas um ambiente de sonho. Quando a música termina, Teresa fala)
TERESA – Você jura?
GLÓRIA – Juro.
TERESA – Por Deus?
GLÓRIA – Claro!
(Nota importante: o sentimento de Teresa é mais ativo; Glória resiste mais ao êxtase)
TERESA – Então, quero ver. Mas, depressa, que a irmã pode vir.
GLÓRIA (erguendo a cabeça) – Juro que...
TERESA (retificando) – Juro por Deus...
GLÓRIA – Juro por Deus...
TERESA – ... que não me casarei nunca...
GLÓRIA – ... que não me casarei nunca...
TERESA – ... que serei fiel a você até à morte.
GLÓRIA – ... que serei fiel a você até à morte.
TERESA – E que nem namora.
GLÓRIA – E que nem namoro.
(As duas se olham. Teresa coloca o véu branco na cabeça de Glória; em seguida coloca outro véu sobre a sua própria cabeça. Abraçam-se.)
TERESA (apaixonada) – Também juro por Deus que não me casarei nunca, que só amarei você, e que nenhum homem me beijará.
GLÓRIA (menos trágica) – Só quero ver.
TERESA (trêmula) – Segura minha mão assim. (olhando-a profundamente) Se você morrer um dia, nem sei!
GLÓRIA – Não fala bobagem!
TERESA – Mas não quero que você morra, nunca! Só depois de mim. (com uma nova expressão, embelezada) Ou então, ao mesmo tempo, juntas. Eu e você enterradas no mesmo caixão.
GLÓRIA – Você gostaria?
TERESA (no seu transporte) – Seria tão bom, mas tão bom!
GLÓRIA (prática) – Mas no mesmo caixão não dá – nem deixam!
TERESA (sempre apaixonada) – Me beija!
(Glória beija na face, com certa frivolidade.)
TERESA – Na boca!
(Beijam-se na boca)
TERESA (agradecida) – Nunca nos beijamos na boca – é a primeira vez.
(Riem. Beijam-se novamente. Música de transição: Glória de Vivaldi em tom menor)
(Apaga-se a pequena cena do dormitório.)
Espero ter ajudado:)
Resposta:
Mano eu n sou boa com texto me desculpe