As relações interpessoais e as novas tecnologias.
Nos últimos anos, houve um extraordinário avanço no desenvolvimento das novas
tecnologias, principalmente, nos dispositivos móveis de comunicação, que, atualmente, dispõem de
inúmeros recursos, os quais extrapolam a principal função para o qual foram criados: a telefonia
propriamente dita. Há dez anos, quem poderia imaginar enviar um vídeo, uma foto ou um
documento, instantaneamente, para alguém que se encontra em outro país ou escolher a melhor rota,
em um deslocamento motorizado, utilizando o aparelho celular?
Sem dúvida, essa tecnologia de última geração traz inúmeros recursos, que facilitam o dia a
dia, porém, quem já parou para observar como estão as relações interpessoais no aspecto da
comunicação, quando as pessoas estão juntas fisicamente? Com certeza, percebe-se que houve
mudança nesse aspecto.
Não é incomum ver um grupo que, embora compartilhe o mesmo ambiente, seus integrantes
não conversam entre si, por estarem teclando no mundo digital. Até mesmo no espaço familiar, essa
prática está se tornando cada vez mais usual. A divisão da atenção entre alguém com quem
conversamos e o nosso smartphone está aumentando gradativamente. Muitas vezes, conversamos e,
ao mesmo tempo, navegamos nas redes sociais para verificar uma "curtida". Em alguns momentos,
prestamos mais atenção no sinal de recebimento de mensagens do nosso aparelho do que na fala do
interlocutor.
Hoje, as conversas não são como em outros tempos. Elas se tornaram rápidas e superficiais,
o que nos tira a possibilidade de ter uma interação mais profunda e sadia, com a troca de
experiências e o contato mais próximo com familiares e companheiros de trabalho.
No ambiente profissional, convivemos com essa nova realidade, contudo, nós, militares,
devemos atentar para não priorizarmos a comunicação digital em detrimento da relação
interpessoal. Para um sargento, por exemplo, que é comandante de grupo, poder exercer a liderança
na plenitude, é de extrema importância que ele conheça bem os soldados sob seu comando. Para
tanto, esse militar deve conhecer a personalidade, os hábitos, a composição familiar, as aflições, as
pretensões pessoais e profissionais de cada um de seus subordinados. Isto só é possível por meio da
conversa diária, do diálogo "olho no olho", única situação capaz de fazer com que sinta o estado de
espírito daqueles com quem lida diariamente.
A conversa pelo mundo virtual é fria. Por isso, os emoticons nunca substituirão as
expressões faciais humanas, as quais demonstram, verdadeiramente, o que o outro está sentindo.
É inevitável que as novas gerações, já nascidas nesse mundo digital, utilizem, cada vez mais,
essas novas tecnologias. Todavia, o uso deve acontecer com sabedoria. Certamente, toda essa
inovação é muito útil, porém, não devemos nos esquecer de que, por sermos humanos, necessitamos
de um contato interpessoal de qualidade, para uma eficiente transmissão de valores e
conhecimentos.
O que a leitura do texto nos leva a concluir?
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o conhecimento
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