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Considerando a individuação como um movimento que pressupõe a relação entre consciência e inconsciência e a discriminação progressiva dos conteúdos psíquicos coletivos, vemos na experiência artística uma possível catalisadora do processo de individuação uma vez que estabelece
Resposta: Consideramos, no presente artigo, algumas relações entre o homem e a arte do ponto de vista do desenvolvimento psíquico. Mais especificamente, tentamos fundamentar como a experiência artística pode ser entendida como fundamento no processo de individuação, um movimento psíquico bastante específico descrito no corpo teórico da psicologia analítica. Para tanto, através de uma indução analítica com base bibliográfica e documental, dialogamos com conceitos de Alfredo Bosi, Carl Jung e John Dewey de forma a construir validade para nossas proposições. No desenvolvimento, especificamos a arte como um processo artístico que envolve as ações de fazer, conhecer e exprimir, ao passo que a experiência, enquanto conceito, representa um envolvimento integral entre sujeito e objeto. Deduzimos nestas bases o conceito “experiência artística” e o relacionamos com o processo de individuação mostrando que através de uma experiência artística existe a ativação de conteúdos psíquicos conscientes e inconscientes que são mobilizados e direcionados em um processo criativo. Considerando a individuação como um movimento que pressupõe a relação entre consciência e inconsciência e a discriminação progressiva dos conteúdos psíquicos coletivos, vemos na experiência artística uma possível catalisadora do processo de individuação uma vez que estabelece o encontro e comprometimento do ego com elementos psíquicos inconscientes e primordiais.