Respostas
Resposta:
.,ntrodução
A utilização do jogo e sua importância para a educação já foram estudadas por importantes teóricos, tais como Brougère, Bruhns, Duflo, Freire, Huizinga, Kishimoto, Knijnik, Pascal, Piaget, Schiller e Vigotski. Estudiosos do tema parecem chegar a um consenso quanto à amplitude que o vocábulo jogo pode apresentar e discutem os caminhos para se chegar a uma definição para o termo.
Duflo (1999) apresentando o percurso histórico do fenômeno jogo, coloca que durante muito tempo, o jogo apresentava-se com pouca importância e sem atrair atenção dos mais estudiosos, sendo colocado apenas como uma atividade infantil, de pouco valor em si mesmo.
Historicamente, as primeiras noções de jogo, na Grécia antiga, acreditavam firmemente que o jogo era condição imprescindível para o alcance do elevado estado de espírito. Aristóteles apresenta o jogo pela sua auto-suficiência, e neste contexto, interroga o que procura aquele que joga, senão o prazer pelo próprio jogo? Como uma ação desejável em si: a causa final do jogo é o próprio jogo.
Nesse sentido, (DUFLO, 1999) afirma,
A menos que seja questionado todo o esquema no qual se apóia essa discriminação, que possamos conceber, por exemplo, que a criança seja digna de interesse, que o jogo não se opõe necessariamente ao sério, nem se assimile diretamente aos prazeres do corpo e que, enfim, nem virtuosa, nem útil, encontrando-se, portanto, fora das grandes categorias que servem para classificar e avaliar o homem em seus atos seja, no entanto, necessária para definir o humano (p. 14).
Desenvolvimento
Com o avanço dos estudos matemáticos com leibniz, no final do século XVII, uma nova visão de jogo é resgatada, sendo concebido como um fenômeno que se origina da engenhosidade humana, merecendo, por isso, a atenção dos estudiosos, provocando uma reavaliação intelectual do jogo.
No século XVIII, o jogo sofre grandes preconceitos concernentes ao seu valor ético, sóciopolíticos e epistemológicos, pois, entram em cena discussões de vicio. A proibição pela igreja por ser fonte de prazer e por isso, deveria ser banido do espírito humano, interessante ressaltar que apenas jogos das festas religiosas eram permitidos. No contexto de todas as formas de exclusão do jogo, Duflo, 1999, coloca-se “para julgar o jogo, é preciso compreender quais são suas funções e seus efeitos no conjunto das atividades humanas”.
A onipresença do jogo e dos jogadores na sociedade do século das luzes, explica em parte, o fato de que os pensadores não tenham podido se contentar em ignorar esse aspecto das atividades humanas, assim, o jogo tornava-se claramente o lugar onde certa engenhosidade humana desabrochava sem a coerção do real (DUFLOS, 1999).