A ILHA PERDIDA
Uma tarde os quatro meninos ficaram no alto do morro olhando a “ilha perdida”.
Como seria bom se tivessem uma canoa e pudessem ir ver o que havia na ilha. Eduardo, de espírito mais prático, foi logo dizendo:
— Que pode haver lá? Árvores, cipós,
ninhos de passarinhos…
Henrique, com a mão no queixo, olhava pensativo em direção da ilha.
— Quem mora lá? Será possível? Chame o Bento para perguntar.
Bento era o filho da cozinheira Eufrosina. Quico e Oscar começaram a gritar com toda a força:
— Bento! Oh! Bento! Vem cá!
Ouviram uma voz lá embaixo do morro respondendo:
— Já vou!
(...)
Encontrou os quatro meninos sentados no chão e conversando a respeito do rio. Henrique perguntou:
— Bento, você sabe se mora gente naquela ilha? Bento olhou em direção da ilha e coçou a testa:
— Há muito tempo ouvi dizer que morava lá um homem ruim, mas nunca vi nada, não sei se é verdade.
(...)
Desse dia em diante, Henrique e Eduardo não falaram mais na ilha, mas não pensavam noutra coisa. Durante o dia, passeavam pelas margens do rio explorando todos os recantos. Alimentavam um único desejo: seguir aquele grande rio e ver a ilha de perto. [...]
Tinham resolvido seguir para a ilha […].
Lá estava a canoa preparada na véspera,
bem calafetada, a corda embrulhada num canto. Colocaram o almoço no fundo e Henrique preparou-se para conduzi-la rio abaixo. Olharam o Paraíba; estava calmo e as águas espumavam nas margens.
Eduardo observou:
— O rio parece que cresceu, Henrique. Hoje está maior que ontem.
Preocupado em empurrar a canoa para longe da margem, Henrique respondeu:
— Decerto é por causa das chuvas; tem chovido muito nestes últimos dias. Mas nós voltaremos cedo, não há perigo. [...]
E com o esforço que fez ao empurrar a canoa, Henrique caiu dentro da água molhando-se todo. Com toda calma, Henrique havia depositado o remo quebrado no fundo e com o outro impelia a canoa para longe da margem.
Ela começou a deslizar rio abaixo e Eduardo sentiu o coração dar um salto dentro do peito. Pensou coisas horríveis nesse momento: “E se Henrique perdesse aquele remo? E se não soubessem voltar? E se o rio enchesse mais?”. [...]
A canoa descia vagarosamente; de vez em quando Henrique remava um pouco, conservando-a sempre na mesma direção. Viram lindos pássaros nas margens; outros passavam gritando sobre as cabeças dos dois. O dia prometia ser esplêndido. Henrique tirou cuidadosamente o paletó para secar, pois sentia toda a roupa molhada grudada no corpo.
Depois de algumas horas, avistaram a ilha.
Eduardo foi o primeiro a divisá-la e deu um grito de satisfação:
— Henrique, veja! É a ilha!
Ficou de pé na canoa, mas quase caiu e quase fez a canoa virar; sentou-se assustado.
DUPRÉ, Maria José. A Ilha Perdida. 39. ed. - São Paulo: Ática, 2000.
1 - Leia com atenção: "A canoa descia vagarosamente; de vez em quando Henrique remava um pouco, conservando-a sempre na mesma direção. Viram lindos pássaros nas margens; outros passavam gritando sobre as cabeças dos dois. O dia prometia ser esplêndido. Henrique tirou cuidadosamente o paletó para secar, pois sentia toda a roupa molhada grudada no corpo." As palavras PÁSSAROS, ESPLÊNDIDO e PALETÓ são, respectivamente, classificadas quanto à sua sílaba tônica em *
1 ponto
a) Proparoxítona, proparoxítona e oxítona.
b) Paroxítona, proparoxítona e oxítona.
c) Oxítona, proparoxítona e oxítona.
c) Proparoxítona, oxítona e paroxítona.
Respostas
respondido por:
2
Resposta:
1)A 2)D
confia, fiz no class
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