As universidades nasceram ao redor das escolas de teologia, estando sua gênese intimamente ligada à Igreja Católica. A Aula Magna equivale à aula inaugural de um curso ou de uma instituição, na qual uma pessoa de destaque em sua área de atuação recebe o convite para falar aos alunos. O Papa, além de líder mundial da Igreja Católica, é chefe de Estado da Cidade do Vaticano. Imagine que você trabalha no Vaticano como assessor direto do Sumo Pontífice. Sendo assim, você acompanhou a seguinte situação: Descrição da imagem não disponível Diante da situação, responda: 1. Como você justificaria a visita do Papa à universidade, apesar dos protestos precedentes? 2. Quais razões vocês interporia à visita do Papa, sugerindo o cancelamento da agenda? 3. Que abordagem você sugeriria para o discurso do Papa?
Respostas
Resposta:
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1. Dialogar com o mundo da cultura é desafiador. Exige coragem e iniciativa. O Papa tem uma grande bagagem intelectual, o que o habilita a dialogar com o mundo acadêmico. Existe muito preconceito com relação à Igreja e à religião, o qual é baseado na falta de conhecimento.
As universidades nasceram no seio da Igreja e, por muito tempo, foi a Igreja — e não o Estado —, a garantir esse tipo de formação. Portanto, é legítima a fala de um Pontífice em uma universidade. Como figura pública, o Papa deve cumprir sua agenda.
2. Há muitas acusações contra a Igreja e seus pastores. Não é bom acirrar os ânimos: há possibilidade de protestos violentos e risco à integridade do Pontífice ou sua comitiva; não dá para se projetar grandes expectativas de resultados, pois a audiência pode ser pequena; a mídia, especialmente aquela contrária à Igreja, pode aproveitar-se da situação e ampliar as tensões; é mais seguro e viável encaminhar um discurso, sem realizar a visita.
3. Abordaria os seguintes temas: a gênese das universidades no seio da Igreja; as iniciativas concretas de diálogo da religião com a ciência, como, por exemplo, a Pontifícia Academia da Ciência, o Observatório Astronômico, etc.; a importância do diálogo com as culturas e com as religiões para se alcançar a paz; a dignidade da pessoa como base para todos os direitos humanos; a liberdade, a tolerância e o respeito.