• Matéria: Artes
  • Autor: pedrogabrielct2
  • Perguntado 4 anos atrás

a origem do teatro e remoto ao homem primitivo e a todas as suas formas, porem seu culto e a que deus ?

Respostas

respondido por: saraholiveirarachid
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Iluminura é um tipo de pintura decorativa aplicada às letras capitulares dos códices de pergaminho medievais. O termo aplica-se igualmente ao conjunto de elementos decorativos e representações imagéticas executadas nos manuscritos[1] produzidos principalmente nos conventos e abadias da Idade Média. A sua elaboração era um ofício refinado e bastante importante no contexto da arte do Medievo.

No século XIII, "iluminura" referia-se sobretudo ao uso de douração. Portanto, um manuscrito iluminado seria, no sentido estrito, aquele decorado com ouro (ou prata). Supõe-se que o termo 'iluminura' seja derivado de 'iluminar' (do verbo latino illuminare), por alusão às cores luminosas e vibrantes dos elementos decorativos, que se destacavam na página escrita. É possível também que a palavra derive de alume, especificamente em alusão ao alume de potássio (sulfato duplo de alumínio e potássio dodecaidratado, chamado de "lume" no Medievo), que era misturado a corantes vegetais, obtendo-se, assim a laca aluminada, frequentemente usada nas iluminuras.[2][3]

A palavra 'iluminura' é frequentemente associada a miniatura, termo italiano derivado do latino miniare, que significa pintar com mínio, um pigmento de cor vermelha (podendo corresponder ao cinábrio, isto é, ao sulfeto natural de mercúrio[3] ou, segundo outras fontes, ao óxido de chumbo). Uma miniatura designa, em sentido amplo, a representação de uma cena ou de um personagem em um espaço independente da letra inicial (capitular) do manuscrito .[4] O termo sofreu influência semântica da noção de 'pequena dimensão', expressa em latim por minor, óris, minus ("menor") e minìmum,i ("pequena quantidade"). A arte dos povos bárbaros, que conquistaram o Ocidente e se converteram ao cristianismo, era portátil, baseada em objetos pequenos. Assim, segundo Houaiss, o termo difundiu-se através do francês e do inglês, no século XVI, com predominância do significado "representação em pequenas dimensões".

O estudo da pintura da Idade Média mostra que a iluminura precedeu muitos séculos a pintura de quadros. A esta indiscutível prioridade de tempo agregam-se ainda outras vantagens. A primeira é o número prodigioso de obras vindas a atualidade e, sobretudo, o seu excelente estado de conservação. Somente o mosaico pode rivalizar neste particular com a iluminura. Os frescos atacados pela luz do sol e pela humidade desbotam e fendem-se, a ponto de se perderem completamente. A pintura em tábua desagrega-se sob os efeitos climatéricos e por vezes os parasitas da madeira destroem-na inteiramente. As iluminuras, ao contrário, pintadas sobre pergaminho incorruptível, ao abrigo da luz, em bibliotecas bem fechadas, desafiam os séculos. Se a superfície das tintas guaches estala, por vezes, ligeiramente, a maior parte delas guarda a primitiva frescura e os fundos de ouro brilham como no primeiro dia. O pesquisador moderno que folheia nas bibliotecas estes veneráveis manuscritos encontra-se muitas vezes em presença de documentos virgens que não sofreram nenhum atentado desde os reinos longínquos dos carolíngios. Vê exatamente e sem alteração o que viram os príncipes bibliófilos da Idade Média, como Carlos, o Calvoou o duque João de Berry.[5]

Os manuscritos iluminados impõem-se à atenção dos historiadores da arte e da civilização, pela variedade dos assuntos. Menos vigiado pelos teólogos, o iluminista medieval podia juntar aos temas religiosos tradicionais cenas familiares que são outros tantos documentos valiosos para a história do mobiliário, trajes e costumes antigos. Daqui nasce que a miniatura foi um verdadeiro campo de experiências da pintura. Um facto surpreendente ainda e que merece a atenção dos estudiosos é que a influência da iluminura, longe de se limitar, como se supõe, à pintura, estendeu-se também à escultura.[5]

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