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A crise dos refugiados tem sido debatida de forma extensiva na mídia atual. Os refugiados são pessoas que saíram de maneira forçada de seus países para buscarem refúgio e uma oportunidade de restruturação de suas vidas em outros países. O que força a saída dessas pessoas de seus locais de origem são conflitos armados e conflitos políticos, causando a necessidade do asilo.
Os refugiados encontram muita dificuldade para restabelecer-se em outros locais, além do que muitos deles não conseguem legalizar a sua situação no novo país com facilidade, vivendo como apátridas e, às vezes, na clandestinidade.
O refúgio é uma grande preocupação da ONU, que tem uma agência especial para oferecer ajuda humanitária aos refugiados no mundo.
Imigração e crise dos refugiados
Os refugiados são imigrantes, mas nem todo imigrante é um refugiado. As pessoas que saem de seus locais de origem por questões sociais e econômicas, e por livre e espontânea vontade, são imigrantes. Os refugiados são forçados à migração por sofrerem iminente risco de morte e perseguições, por diversas causas, em seus locais de origem, geralmente devastados por conflitos armados ou dominados por organizações criminosas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já considera a crise dos refugiados a crise humanitária mais intensa do século. Em 2016, o volume total de pessoas que havia caído na condição de refugiado chegou a 65,6 milhões. A própria ONU estima que a última crise migratória de tamanha proporção deu-se durante a Segunda Guerra Mundial.
Dados de 2016 levantados pela ONU indicavam que 3/4 da população síria necessitavam de ajuda humanitária por estarem em condição de refugiados. A Síria foi o centro do problema por ter eclodido lá uma guerra entre entidades oficiais do governo representadas pelo exército sírio e uma organização terrorista paramilitar chamada Estado Islâmico.
A guerra civil na Síria forçou a saída de mais de cinco milhões de sírios de seu território natal. [1]
A crise dos refugiados decorreu e ainda decorre do grande número de imigrantes, principalmente de origem síria, que se deslocou em massa para a Europa, através do Mar Mediterrâneo, de forma precária e com embarcações inseguras. Isso gerou, a priori, um crescimento demográfico intenso e rápido da região próxima ao mar e depois de outras partes do continente, causando, dessa forma, repulsa dos europeus, que se baseiam em discursos xenofóbicos, além dos que alegam que os imigrantes roubam os empregos dos cidadãos, entre outros.
Além da Síria, países africanos, como o Congo, o Sudão e a Nigéria, sofrem com conflitos políticos que geram o refúgio. Ainda no Oriente Médio, o Afeganistão é um país com conflitos que envia, hoje, a segunda maior quantia de refugiados para o mundo. Aqui na América do Sul, a crise na Venezuela também tem colocado os cidadãos venezuelanos em situação semelhante.
Causas da crise dos refugiados
O refúgio é causado, geralmente, por guerras. No entanto, não somente guerras mas conflitos de ordem política também colocam a pessoa na situação do refúgio. Muitos cidadãos fogem de seus países porque são ameaçados por organizações criminosas que dominam o cenário político local. Outros fogem porque perdem tudo na guerra e a situação do país impede a reconstrução de suas vidas.
No caso da Venezuela, há uma crise que coloca os cidadãos em necessidade de ajuda humanitária, pois a fome, o desemprego e a instabilidade econômica afetam drasticamente a população venezuelana pobre. Os conflitos políticos e perseguições ideológicas também acontecem por lá.
Consequências da crise dos refugiados
As consequências, em geral, do refúgio são sentidas nos países que abrigam os refugiados. Geralmente, quando há uma leva repentina e grande de fluxo migratório para um local, ocorre o fenômeno que a geografia chama de “explosão demográfica”. A explosão demográfica afeta diretamente a economia e as relações sociais, pois ela acarreta uma cadeia de eventos que podem ser desastrosos, como demostramos nos tópicos seguintes: