O funeral que o pai pretendia organizar era parecido com que tipo de evento? Por que o pai decidiu assim?
Texto: A MORTE DA TARTARUGA DE MILLÔR FERNANDES
O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe
foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho)
e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe,
o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou
penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino.
“Cuidado, senão você acorda seu pai”. Mas o menino não se conformava. Pegou
a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar lhe o casco duro.
A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria,
queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede, lhe
prometeu uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente
abalado com a morte do seu animalzinho de estimação. Afinal, com tanto choro, o
pai acordou lá dentro, e veio, estremunhado, ver de que se tratava.
O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: — “Está aí assim há
meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que fazer. Já lhe prometi
tudo mas ele continua berrando desse jeito”. O pai examinou a situação e propôs:
Nova Friburgo, ____________ de
________________________ de 2021
Aluno(a)_______________________________________________________
Ano:____________ Turma:_____________________
Nº:_______________
Professor(a): Luciene Maron Cruz
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— “Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você chorar.
Deixa ela aí e vem cá com o pai.”.
O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai,
pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou o garoto no colo e disse: — “Eu sei
que você sente muito a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela.
Mas nós vamos fazer pra ela um grande funeral”. (Empregou de propósito uma
palavra difícil). O menininho parou imediatamente de chorar. “Que é funeral?” O
pai lhe explicou que era um enterro. “Olha, nós vamos à rua, compramos uma
caixa bem bonita, bastante balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois
botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de
velinhas de aniversário.
Aí convidamos os meninos da vizinhança, acendemos as velinhas,
cantamos o “Happy-Birth-DayTo-You” pra tartaruguinha morta e você assopra as
velas. Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal,
enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o
dia em que ela morreu. Isso é que é funeral! Vamos fazer isso?” O garotinho
estava com outra cara. “Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente
lá no céu, não vai? Olha, eu vou apanhar ela”. Saiu correndo.
Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal. “Papai, papai, vem cá,
ela está viva!”
O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruguinha estava
andando de novo, normalmente. “Que bom, hein?” — disse — “Ela está viva! Não
vamos ter que fazer o funeral!” “Vamos sim, papai” — disse o menino ansioso,
pegando uma pedra bem grande — “Eu mato ela”.
MORAL: O importante não é a morte, é o que ela nos tira.
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Resposta:
Achei um pouco engraçado no final, o menininho gostou da ideia do funeral e queria matar a pobre tartaruguinha.
Parecia com um aniversário.
Talvez, para empolgar um pouco a criança.
Eu iria responder isso nas perguntas lá de cima.
UnU
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Resposta:
Achei um pouco engraçado no final, o menininho gostou da ideia do funeral e queria matar a pobre tartaruguinha.
Parecia com um aniversário.
Talvez, para empolgar um pouco a criança.
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