Leia o trecho de uma carta de amor escrita por Olavo Bilac, poeta brasileiro, que viveu entre o século XIX e o
início do século XX.
“Excelentíssima Senhora. Creio que esta carta não poderá absolutamente surpreendê-la. Deve ser esperada,
porque V. Excia. compreendeu com certeza que, depois de tanta súplica desprezada sem piedade, eu não podia
continuar a sofrer o seu desprezo. Dizem que V. Excia. me ama. Dizem, porque da boca de V. Excia. nunca me foi
dado ouvir essa declaração. Como, porém, se compreende que, amando-me V. Excia., nunca tivesse para mim a
menor palavra afetuosa, o mais insignificante carinho, o mais simples olhar comovido? Inúmeras vezes lhe pedi
humildemente uma palavra de consolo. Nunca a obtive, porque V. Excia. ou ficava calada ou me respondia com
uma ironia cruel. Não posso compreendê-la: perdi toda a esperança de ser amado. Separemo-nos. [...]” (Olavo Bilac)
1. Analise os dizeres da carta, a fim de especificar a variação linguística utilizada, bem como o tipo de fator que
condicionou a utilização desse tipo de variedade.
A sociedade, no caso, os jornalistas – até mais que os normatistas – condenaram um tipo de conteúdo, a
variação linguística, que faz parte há mais de quinze anos dos livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no
mercado, avaliados e aprovados pelo MEC. Estão, portanto, mal informados.
Como ressalta o professor da Universidade de Brasília Marcos Bagno, em artigo publicado no site de Carta
Capital: “Nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários
de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em
sua comunidade, em sua cultura e em sua língua… Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes
não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona.
Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso todo momento”.
Pelo visto, nem tudo que parece é óbvio. Sírio Possenti resume bem o imbróglio: “Bastaria que se aceitasse
que as línguas não são uniformes, o que é um fato notório, bastaria as pessoas se ouvirem”. Fica aí a dica para
quem, como o jornalista Alexandre Garcia, em comentário irado sobre o livro que “ensina a falar errado”, começou
a frase com “Quando eu TAVA na escola”…
Respostas
respondido por:
1
Resposta:
Desculpe não compreendi sua pergunta!, poderia deixa-la mais clara por favor!!
Explicação:
jujubatorrestap:
nem eu entendi ela direito, mas calma q vou tentarmelhorar ela aqui
condicionou a utilização desse tipo de variedade.
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