[...] Eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo
explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito
obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na
composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso, mas nimiamente
extenso, e aliás desnecessário ao entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo: se te
agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.
ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro. Editora Nova Aguilar, 19
No prólogo do livro Memórias póstumas de Brás Cubas, o narrador descreve o próprio processo
criativo em uma conversa com um interlocutor. A expressão que designa esse interlocutor é
"ainda espero".
“melhor prólogo".
"outro mundo".
"fino leitor".
"e adeus".
Respostas
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"fino leitor".
Em Memórias póstumas de Brás Cubas, a narração utilizada pelo autor é de um narrador personagem.
Na Literatura e na Língua Portuguesa, o narrador personagem normalmente está inserido na história, participando dela na primeira pessoa.
O narrador personagem geralmente participa diretamente da história. Portanto, ele conta os fatos da história a partir do seu próprio ponto de vista, assim como as suas deduções e pensamentos.
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