Nas eleições, a Vitória coube ao candidato governista Júlio Prestes. A oposição não
se conformou com a derrota nas urnas e, com apoio de “ex-tenentes”, começou a
conspirar contra o governo. Que fato acelerou os acontecimentos em julho de 1930?
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O fato ocorreu na Paraíba. O candidato a vice de Getúlio, João Pessoa, foi assassinado em 26 de julho de 1930, em uma confeitaria na cidade de Recife. O assassinato de Pessoa logo se transformou na alavanca para a revolução.
A chapa de Vargas e Pessoa não conseguiu concorrer em pé de igualdade com a máquina eleitoreira dos paulistas. Washington Luís trabalhou firme para que Júlio Prestes fosse eleito. Isso implicava a mobilização de toda a estrutura de fraudes das urnas, coerções e compras de votos e busca de apoio de outros presidentes de estados – no total, 17 apoiaram Júlio Prestes. O resultado foi esmagador. Com a apuração dos votos, em 21 de maio de 1930, contou-se 1.091.709 votos a favor de Prestes contra 742.794 obtidos por Vargas.
Insatisfeitos com o resultado fraudulento, os membros da Aliança Liberal passaram a articular soluções alternativas para o caso. A mais proeminente era a saída revolucionária. Para tanto, era necessário o apoio de militares. Esse apoio foi encontrado entre os oficiais de baixa patente, os tenentes, que já possuíam um histórico de atividade no campo político desde o início da República Velha.