• Matéria: Português
  • Autor: luh080206
  • Perguntado 4 anos atrás

URGENTE!!!!!!!!!!!!!!!!!


Leia o texto abaixo para responder às questões de 03 a 05:

"A gente vem lá do sertão, de Pernambuco, cidade chamada Arco Verde. Poeta Zé da Luz, o poeta Zé da Luz, no início do século, escreveu uma poesia, porque disseram para ele que, para falar de amor, era necessário um português correto e tal. Aí Zé da Luz escreveu uma poesia chamada “Ai se sêsse” que diz assim:

Se um dia nois se gostasse

Se um dia nois se queresse

Se nois dois se empareasse

Se juntim nois dois vivesse

Se juntim nois dois morasse

Se juntim nois dois drumisse

Se juntim nois dois morresse

Se pro céu nois assubisse


Mas porém se acontecesse de São Pedro não abrisse

A porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice

E se eu me arriminasse

E tu cum eu insistisse

Pra que eu me arresolvesse

E a minha faca puxasse

E o bucho do céu furasse

Tarvês que nois dois ficasse

Tarvês que nois dois caísse

E o céu furado arriasse

E as virgi toda fugisse"
3- Em poemas, eu lírico é a voz que se expressa. Não se pode afirmar que o poeta e a voz em seu poema são o mesmo indivíduo, embora possam compartilhar entre si similaridades em algumas ocasiões. Nesse contexto, após uma análise atenta da forma como o poema foi construído, é possível concluir que o sujeito lírico utiliza a variação linguística
A
diafásica, porque é o contexto que determina a maneira como se expressa a voz poética.
B
diastrática, porque a voz poética vem de um indivíduo que usa jargões.
C
diatópica, porque a voz poética está ligada a sua localidade por meio de seu modo de falar.
D
diafásica, porque a voz poética está se adequando à fala caipira, embora não faça parte desse grupo linguístico.
E
diastrática, porque há a constante presença de vocábulos próprios do caipira, tais como “tulice” e “tarvês”.

4- Fica claro que há na voz do eu lírico a presença da norma popular – forma linguística utilizada pelos falantes e considerada, em comparação à norma culta, como informal e coloquial. Dessa forma, a maneira mais adequada de transferir para a norma padrão o verso 9 ("Mas porém se acontecesse de São Pedro não abrisse") do poema de Zé da Luz seria:
A
“Entretanto, porém, se acontecesse de São Pedro não abrir”.
B
“Entretanto, se acontecesse de São Pedro não abrir”.
C
“Mas, se acontecer de São Pedro não abrisse”.
D
“Porém, entretanto, se acontecesse de São Pedro não abrisse”.
E
“Entretanto, mas e se acontecer de São Pedro não abrir”.

5- Antes de declamar o texto de Zé da Luz, o vocalista da banda Cordel do Fogo Encantado contextualiza a origem do poema por meio de uma anedota. Diante de tal história, torna-se possível afirmar que o escritor, ao construir o poema “Ai se sêsse” como resposta ao que lhe afirmaram sobre o falar de amor, coloca em questão o preconceito linguístico, pois
A
ao escrever sobre o amor na variação diastrática, Zé da Luz demonstra que o português correto encontra-se apenas em determinados grupos sociais.
B
ao escrever sobre o amor fora da coloquialidade, Zé da Luz demonstra que não é necessário saber a língua portuguesa para falar de amor.
C
ao escrever sobre o amor na variação diafásica, Zé da Luz demonstra que o português correto deve ser evitado em todos os contextos.
D
ao escrever sobre o amor fora da norma-padrão, Zé da Luz demonstra ser contra a diferenciação entre um português correto e um português incorreto na literatura.
E
ao escrever sobre o amor na variação diatópica, Zé da Luz demonstra que o português incorreto é característica apenas das falas caipiras e interioranas.

Respostas

respondido por: grazielademarchi4
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Resposta:

3- C) Diatópica, porque a voz poética está ligada a sua localidade por meio de seu modo de falar.

4- B) “Entretanto, se acontecesse de São Pedro não abrir”.

5- B) Ao escrever sobre o amor fora da coloquialidade, Zé da Luz demonstra que não é necessário saber a língua portuguesa para falar de amor.

Explicação:

Não sei se tão certas mas eu tbm fiz e respondi assim

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