3) "O conhecimento no modelo curricular dominante é tratado basicamente como um domínio dos fatos objetivos. Isto é, o conhecimento parece objetivo no sentido de ser externo ao indivíduo e de ser imposto ao mesmo. Como algo externo, o conhecimento é divorciado do significado humano e da troca intersubjetiva. Ele não é mais visto como algo a ser questionado, analisado negociado. Em vez disso, ele se torna algo a ser administrado e dominado. Neste caso, o conhecimento é separado do processo de geração de nosso próprio conjunto de significados, um processo que envolve uma relação interpretativa entre conhecedor e conhecido. Uma vez perdida a dimensão subjetiva do saber, o propósito do conhecimento torna-se a acumulação e a categorização. [...] Quando os professores não equacionam suas próprias concepções básicas a respeito do currículo e da pedagogia, eles fazem mais do que transmitir atitudes, normas e crenças sem questionamentos. Eles inconscientemente podem acabar endossando formas existentes de opressão institucional. [...] qualquer currículo destinado a introduzir mudanças positivas nas salas de aulas irá fracassar, a menos que tal proposta esteja enraizada em uma compreensão das forças sócio-políticas que influenciam decisivamente a própria textura das práticas pedagógicas cotidianas em sala de aula. " Fonte: GIROUX, H. A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. P. 45, 48 e 61 O autor propõe a superação de uma concepção de currículo que, em sua visão, apenas reproduz as relações de poder e não as questiona. Para ele, a atuação docente é fundamental para a construção de um currículo mais plural e significativo, para tal feito ele deve romper com as ideias pré-estabelecidas e compreender a dialética das forças envolvidas no processo educacional. Nesse sentido, podemos afirmar que o currículo a ser superado, o que deve substituí-lo e como ele pode se apresentar, são respectivamente: Selecione uma alternativa: a) Currículo interat
Respostas
Resposta:
c)
Currículo oficial – currículo interativo – currículo oculto.
Explicação:
O currículo a ser superado, o que deve substituí-lo e como ele pode se apresentar, de acordo com o autor, é respectivamente: currículo oficial, currículo interativo e currículo oculto.
Primeiramente, o autor refere-se ao currículo oficial, os denominados currículos formal e real, como sendo um método ultrapassado e que deve ser trocado, uma vez que ele não representa o que necessariamente se deve ser passado no processo de ensino-aprendizagem, pois não tem a interferência de docentes no processo, sendo somente algo prescrito e imposto fora do âmbito escolar.
Para o autor, isso é um problema grave, já que os professores podem acabar reproduzindo a opressão institucional mesmo sem querer. Ele defende que os docentes devem interagir nesse processo, de forma que o currículo se torne mais plural e significativo, surtindo melhores efeitos.
No entanto, ele afirma que uma tentativa de um novo currículo sem que este esteja enraizado na compreensão das forças sócio-políticas não iria obter sucesso. Ou seja, ela deve se dar de maneira oculta, através da compreensão social e política e que trará impacto direto na aprendizagem dos alunos.
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